Rogério Gentile

Jornalista, foi secretário de Redação da Folha, editor de Cotidiano e da coluna Painel e repórter especial.

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Descrição de chapéu Folhajus

Justiça manda homem que ameaçou matar Eddy Jr. passar por teste de sanidade

Defesa diz que acusado apresenta distúrbios, 'problemas esquizofrênicos' e é interditado judicialmente

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A Justiça de São Paulo determinou que Marcus Vinicius Morrone Sartori, denunciado sob acusação de ter ameaçado matar o humorista Eddy Jr., passe por um exame de sanidade mental.

Marcus foi denunciado pelo Ministério Público juntamente com a sua mãe, a aposentada Elisabeth Morrone, de 70 anos, que foi filmada no ano passado fazendo insultos racistas ao humorista.

Eddy saía para passear com seu cachorro quando encontrou Elisabeth na garagem do seu condomínio. De acordo com a denúncia, a aposentada passou a chamá-lo de "macaco", "neguinho", "urubu" e "demônio preto" e disse que a casa dele deveria "feder".

O músico Eddy Junior, que foi alvo de ataques racistas - @oficialeddy no Instagram

"Cai fora, macaco. Você não vai entrar no mesmo elevador do que eu", afirmou a aposentada, segundo o Ministério Público.

De acordo com a denúncia, o filho da aposentada, cerca de quarenta dias antes, já havia se dirigido ao apartamento do humorista portando uma faca. Ao perguntar quem estava na campainha, sempre segundo a acusação, Eddy ouviu a seguinte ameaça:

"Seu arrombado, você vai morrer seu desgraçado, eu vou te matar." A ação foi registrada pelas câmeras de segurança do edifício.

O juiz Fernando Andrade Conceição determinou a realização do teste de sanidade após a defesa dos acusados argumentar que Marcus é inimputável, em razão de sua "insanidade mental".

A defesa disse que ele apresenta "distúrbios", "problemas esquizofrênicos" e é interditado judicialmente. Declarou também que ele foi agredido de forma cruel pelo humorista.

A aposentada disse à Justiça que sua intenção não foi menosprezar a etnia do humorista.

Afirmou que há muito tempo sofre com o comportamento "antissocial do vizinho" e que havia feito dezenas de reclamações ao condomínio pelo barulho constante produzido por ele no período noturno, inclusive com o uso de potentes equipamentos musicais.

Em um processo civil que move contra o condomínio, acusando-o de ter se omitido mesmo diante das reclamações, Elizabeth disse que o "entrevero" de 18 de outubro foi em decorrência de mais um episódio de inegável perturbação de sossego.

"Naquele dia, tal como nos dias, semanas e meses anteriores, Elizabeth simplesmente não conseguiu dormir, mesmo tomando medicamento, sendo vítima da tortura psicológica perpetrada pelo vizinho, que simplesmente insistiu em fazer música", afirmou à Justiça o advogado Fermison Heredia, que a representa.

A audiência de julgamento do processo penal está marcada para o dia 19 de fevereiro de 2024.

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