Sandro Macedo

Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

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Sandro Macedo
Descrição de chapéu basquete

Como se divertir com esportes nesta virada de ano

O leitor/espectador não precisa se render aos duelos de casados contra solteiros na TV

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Acabou o Mundial de Clubes. Ainda no aguardo pelo desfile em carro aberto do City pelas ruas de Manchester após título de suma importância.

Mas nem por isso o consumidor voraz de esporte precisa se entregar aos duelos de casados contra solteiros que arrebatam as transmissões no fim do ano. Há coisa muito melhor na TV do que um Provocados por Deyverson x Vítimas de Felipe Melo (seria um jogão).

O querido leitor e a querida leitora que acompanham este humilde escriba já devem ter percebido a admiração pela Premier League. Assim, a óbvia primeira dica é o Campeonato Inglês com seu admirável (não para os jogadores) Boxing Day, com mais duas rodadas completas entre esta terça (26) e o dia 2 de janeiro, incluindo um portentoso Liverpool x Newcastle em pleno primeiro dia de 2024, na ESPN e no Star+.

O mesmo canal exibe ainda no sábado um dos principais clássicos do mundo, Celtic (católico) x Rangers (protestante). O confronto escocês, que acontece desde 1888, é conhecido como Old Firm.

Para quem gosta dos esportes americanos, têm NFL e NBA a dar com pau. O futebol americano entra nas duas rodadas decisivas, que definem os classificados aos playoffs. Na tarde do dia 31, Baltimore Ravens x Miami Dolphins tem chance de ser o jogo do dia. Os Dolphins, aliás, são cotados para o jogo de 2024 no estádio do Corinthians.

Kelce, de costas, tenta segurar a bola com a mão direita erguida
O tight end Travis Kelce tenta segurar um passe na partida entre Kansas City Chiefs e Las Vegas Raiders disputada no dia de Natal - Denny Medley/USA Today Sports/Reuters

Na NBA, dá para ver o Golden State Warriors no fim de 2023 (dia 30, contra o Dallas Mavericks) ou no início de 2024 (dia 2, diante do Orlando Magic), ambos no Prime Video. O streaming divide as transmissões do basquete americano com a ESPN/Star+.

Quem quiser dar um tempo nos gritos de gol, cesta ou touchdown, pode investir em uma série esportiva. Elas são cada vez mais numerosas e várias com qualidade superior às últimas temporadas de "The Crown" —o que não significa tanto.

A principal indicação é "Bem-vindos ao Wrexham" (Star+), com duas temporadas que somam 33 episódios, a maioria com menos de meia hora. A série mostra como dois atores (o Deadpool Ryan Reynolds e o pouco conhecido Rob McElhenney —isso inclusive é uma piada recorrente) compram e tentam reerguer um time tradicional de Gales que joga a quinta divisão do futebol inglês.

É a melhor série futebolística desde "Sunderland Até Morrer" (Netflix) e dosa com eficiência a saga da equipe em campo com histórias de moradores e da própria cidade, incluindo piadinhas e boas sacadas da diferença cultural entre americanos e galeses.

Reynolds demora uma temporada inteira para se acostumar com a linha do impedimento. Mas, curiosamente, os sócios entendem desde o primeiro episódio (ou é o segundo?) que a primeira decisão do clube deve ser arrumar o gramado. Gastaram US$ 200 mil e resolveram o problema —e Gales não é exatamente um país tropical abençoado por Deus.

Outra ótima série documental recente é "Beckham" (Netflix), em quatro episódios com duração de longas-metragens, mas que passam voando. A produção desmistifica o inglês David Beckham para as novas gerações, que acham que ele foi apenas um rostinho bonito que vendia produtos e era bom só na bola parada (o que ele era, mas tinha um pouco mais). Beckham praticamente inaugurou o metaverso do jogador-celebridade como conhecemos.

Personagens brasileiros são explorados em boas séries da Globoplay, como "Galvão: Olha o que Ele Fez" ou "A Mão do Eurico". Mas a preferida deste escriba é "Doutor Castor", que destrincha o envolvimento do bicheiro Castor de Andrade com o futebol (e o Carnaval), quando ele mandava e desmandava no Bangu, clube que chegou à final do Brasileiro de 1985. Era o que chamam hoje de sportwashing, como o da Arábia Saudita ou do Qatar, mas em nível subúrbio carioca.

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