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Onda de livros históricos com perspectiva de mulheres domina o mercado editorial

Mary Beard e Judy Batalion estão entre historiadoras que têm lançamentos contratados para sair no país

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Os tempos são bons para quem tem interesse em ler a história por perspectivas femininas. Diversos lançamentos que desbravam ou repensam o passado pelo olhar das mulheres inundam as livrarias.

Primeiro, a Planeta investe na publicação da historiadora britânica Mary Beard, que teve seu "Doze Césares" lançado há pouco pela Todavia. A casa adquiriu os direitos de "Emperor of Rome", que deve sair pelo selo Crítica no ano que vem, destilando como se configurada o poder no Império Romano. O livro é tido como uma sequência de "SPQR: Uma História da Roma Antiga", publicado aqui pela mesma editora.

mulher de cabelo grisalho gesticula
A escritora Mary Beard durante visita a São Paulo em 2018 - Joel Silva - 13.ago.2018/Folhapress

A mesma casa também prepara uma edição especial de "Mulheres e Poder", que retraça as origens da misoginia e faz um panorama da ocupação feminina dos espaços decisórios, com novo posfácio da autora.

E a Rosa dos Tempos, selo do grupo Record, publica "A Luz dos Dias", em que a historiadora da arte canadense Judy Batalion conta a luta das mulheres judias polonesas contra nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

A mesma editora também lançou há pouco "O Homem Pré-Histórico Também é Mulher", no qual a pesquisadora francesa Marylène Patou-Mathis reflete sobre como a visão patriarcal moldou também a arqueologia.

Também não faz muito tempo que está nas livrarias o estudo "As Sinsombrero", da Relicário. A artista catalã Tània Balló analisa na obra as feministas espanholas das décadas de 1920 e 1930 que provocaram uma revolução nos costumes do país.

ORIENTADORA Indo para o campo da literatura ficcional, uma das principais autoras brasileiras, Noemi Jaffe, lança em julho um guia de escrita de ficção pela Companhia das Letras. Segundo ela, a obra é um livro que procura discorrer sobre sete princípios importantes para a elaboração ficcional, "sem nada de manual de escrita".

FABULADORA Além disso, a Todavia adiciona em setembro um terceiro livro de Isabela Figueiredo ao seu catálogo. "Um Cão no Meio do Caminho" é a primeira obra da escritora portuguesa que foge completamente à autoficção, depois dos elogiados "A Gorda" e "Caderno de Memórias Coloniais", que renderam ótimos debates na Flip de 2018. Este novo conta a história de um homem que é catador de lixo por opção e se relaciona com uma vizinha misteriosa conhecida como Matadora.

E ANFITRIÃ E a farta biblioteca da tradutora Heloisa Jahn, morta no ano passado, vai virar um sebo aberto ao público. A ideia do caloroso Sebinho da Helô é receber leitores e leitoras como um pequeno espaço cultural, que começa suas atividades no próximo sábado, dia 11 de fevereiro, na rua das Camélias, 571, em São Paulo.

ATÉ LOGO A coluna entra em férias e volta na edição impressa de 18 de março.

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