Polícia identifica nove dos 19 mortos em operação no complexo do Alemão
Nove dos 19 mortos no complexo do Alemão (zona norte do Rio) na megaoperação realizada na quarta-feira (27) foram identificados pelo IML (Instituto Médico Legal), entre eles estão três adolescentes, o menor deles com 13 anos.
Nesta quinta-feira, após uma manhã tranqüila, um novo tiroteio foi registrado na área. Os tiros teriam ocorrido como uma reação dos traficantes contra a aproximação do caveirão --veículo blindado da polícia-- na região da favela da Fazendinha. Não há registro de vítimas. O complexo --região de 21 favelas com mais de 160 mil habitantes-- está ocupado pela polícia desde o dia 2 de maio.
A operação de quarta-feira contou com 1.350 homens das polícias Civil e Militar e da FNS (Força Nacional de Segurança). Foi a maior mobilização de policiais para combate ao tráfico em uma área do Rio. A justificativa para a ação foi o cumprimento de mandados de prisão na região do complexo, além da apreensão de drogas e armas.
Antonio Lacerda/Efe |
Soldado da Força Nacional de Segurança em ocupação no complexo do Alemão, no Rio |
Entidades de direitos humanos rechaçaram a ação. A Anistia Internacional classificou a megaoperação policial ocorrida na quarta-feira (27) no complexo do Alemão, no Rio, como "violenta e caótica".
Na ocasião, o secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, defendeu a ocupação de morros como forma de combate à violência. Ele afirmou que a solução para o problema, no Rio, "é um remédio amargo", mas que é preciso "optar e seguir em frente".
Devido à operação, escolas suspenderam as aulas, e ônibus deixaram de circular na região.
Foram identificados Bruno de Paula Gonçalves, 20, Bruno Rodrigues Alves, 21, Bruno Vianna Alcântara, 22, D. S. L., 14, Emerson Goulart, 26, Geraldo Batista Ribeiro, 41, José da Silva Farias Júnior, 18, L. S. G., 13, e M. V. S., 16.
Ocupação
A ocupação do complexo do Alemão , no começo de maio, teve como objetivo capturar os responsáveis pela morte dos soldados Marco Antônio Ribeiro Vieira e Marcos André Lopes da Silva, do 9º Batalhão (Rocha Miranda), assassinados com mais de 30 tiros no dia 1º de maio.
Beltrame afirmou ontem que a região permanecerá ocupada pela polícia. Desde o início dos trabalhos, os tiroteios são freqüentes. Antes da megaoperação, outras 25 pessoas foram mortas --não foram confirmados os nomes de todas as vítimas ou quantas delas tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
Segurança no Pan
Para reforçar a segurança durante os Jogos Pan-Americanos, 2.000 homens da FNS (Força Nacional de Segurança) chegam ao Rio nos próximos dias.
O grupo irá se juntar aos outros cerca de 2.000 homens da tropa que estão no Estado. O Pan começa dia 13 de julho.
O número de homens da FNS no Rio deve chegar a 6.000, até o começo do Pan.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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