Entenda o caso que envolve Gil Rugai
O STF (Supremo tribunal Federal) concedeu nesta terça-feira (25) liberdade ao ex-seminarista Gil Rugai acusado de matar o pai e a madrasta em São Paulo, em 2004. Após a decisão, o rapaz deixou o CDP (Centro de Detenção Provisória) no início da noite.
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O benefício foi concedido horas depois de Rugai ser novamente preso, após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspender seu habeas corpus.
Rugai estava em liberdade desde fevereiro deste ano. Antes estava preso por ter se mudado para Santa Maria (RS) sem informar as autoridades sobre a mudança de endereço. À época, conquistou uma liminar no STJ impedindo a prisão, mas o ministro Felix Fischer acabou revogando a decisão inicial.
Anderson Prado - 29.mar.2004/Folha Imagem |
Gil Rugai, acusado de matar pai e madrasta, recorre contra revogação de habeas corpus |
Crime
Gil Rugai é apontado como o principal suspeito da morte do pai e da madrasta. O empresário Luiz Rugai e a mulher, Alessandra Troitino, foram assassinados a tiros em casa, em Perdizes (zona oeste de São Paulo) em 2004.
A investigação da polícia apontou vários indícios contra Rugai. Exames realizados em uma marca de sapato deixada na porta da sala de vídeo --onde o empresário teria tentado se esconder e que foi arrombada-- apontara que quem arrombou a porta teria lesões no pé. O IC (Instituto de Criminalística) realizou então exames de ressonância magnética da planta do pé de Gil, que apontaram tais lesões.
Antes do crime, as vítimas tiveram a preocupação de trocar as fechaduras da casa, onde Gil morou até dias antes das mortes. A polícia descobriu que a fechadura da entrada dos fundos da residência --onde funcionava a empresa-- não foi trocada. O advogado do rapaz disse que o suspeito não tinha as chaves dessa entrada.
No dia do crime, nada foi roubado. Durante as buscas na casa, a polícia encontrou uma nota fiscal de compra de um coldre para pistola 380 --mesmo calibre usado para matar o casal--, munição e um certificado de conclusão de curso de tiro em nome de Gil.
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Além das provas colhidas na casa, a polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento de Gil da empresa do pai, a Referência Filmes. Rugai, que é ex-seminarista, estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa e, por isso, teria sido demitido de seu departamento financeiro. A madrasta, segundo o gerente do banco onde a Referência Filmes tinha conta, proibiu que ele a movimentasse.
Uma pistola foi encontrada durante a limpeza da tubulação de esgoto de um prédio nos Jardins (zona oeste de São Paulo), onde funcionava a empresa do estudante. De acordo com o IC (Instituto de Criminalística), a arma foi utilizada para matar o casal.
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