Mãe diz que cadeira do Hopi Hari estava sem fivela de segurança
A mãe de Gabriella Yukari Nichimura, 14, que morreu após cair do brinquedo La Tour Eiffel, em Vinhedo (79 km de SP), disse ontem (27) em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, que a cadeira onde a filha sentou estava sem uma das fivelas de segurança.
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Na entrevista, Silmara Nychymura disse que questionou um funcionário sobre a integridade do brinquedo e ouviu que a falta do cinto não era um problema.
O Hopi Hari, no entanto, não confirma que a cadeira estava sem a fivela de segurança e disse que "está a cargo da perícia fazer a investigação a respeito do acidente". O parque reafirmou ainda está apoiando os órgãos que estão investigando todas as causas do acidente.
O trabalho na perícia no brinquedo que causou a morte de Gabriella deve iniciar às 12h de hoje no parque Hopi Hari.
O MP (Ministério Público) anunciou que vai investigar paralelamente à polícia, a morte da adolescente. Promotoria e delegado irão acompanhar os trabalhos da perícia nesta tarde.
Segundo o promotor Rogério Sanches, o inquérito vai investigar se a infraestrutura e o número de funcionários são compatíveis com o tamanho do parque.
Jefferson Coppola - 24.fev.12/Folhapress | ||
Funcionários fazem teste no brinquedo Torre Einffel do parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (SP) |
O ACIDENTE
Gabriella Yukari Nichimura caiu do brinquedo por volta das 10h20 de sexta (24). Ela foi encaminhada ao hospital com traumatismo craniano, mas chegou sem vida ao local. O acidente ocorreu no brinquedo La Tour Eiffel, um elevador com 69,5 metros.
Gabriella vivia no Japão e estava passando as férias na casa de familiares em Guarulhos (Grande SP). Segundo a polícia, ela estava no parque com a mãe e o pai, que são brasileiros.
"Uma testemunha que estava entrando no parque disse categoricamente que viu o corpo ser lançado depois da trava abrir", afirmou o delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci.
Editoria de Arte/Folhapress |
O brinquedo foi vistoriado anteontem, mas a prioridade foram os blocos que estavam em funcionamento.
Neste sábado, o parque de diversões reabriu regularmente, mas a La Tour Eiffel continuava interditada.
Em nota, o parque informou que recebeu os visitantes que, como em todos os finais de semana, se programam com antecedência para visitá-lo.
"No momento da freada brusca, olhei para cima. Vi quando a trava se levantou e ela caiu. O barulho da pancada foi forte. Fiquei muito apavorada", disse a turista mineira Cátia Damasceno, 30, ainda transtornada na porta da delegacia.
Segundo o delegado Álvaro Santucci Jr., outras duas testemunhas que prestaram depoimento disseram ter visto o equipamento de segurança destravado.
O músico Victor Kawamura, 20, foi um dos que presenciaram o acidente. "Fiquei olhando e, na hora da brecada, a menina caiu. Ela chegou a gritar e, depois, deu para ouvir o barulho. A trava estava levantada e ela caiu de cabeça. Foi horrível", relatou.
A professora Lilian Galdino, 29, estava ao lado da vítima, no brinquedo. "Ela estava como todo o mundo fica, mas estava segurando embaixo e não na trava", disse.
A polícia ainda vai ouvir representantes do parque e os pais da adolescente. O inquérito deve ficar pronto em até 30 dias.
A principal hipótese é que a trava de segurança se abriu quando o brinquedo, conhecido por Torre Eiffel, começou a frear, a cerca de 25 metros do chão.
OUTRO CASO
Em setembro de 2007, o estudante Arthur Wolf, 15, morreu após passar mal em uma atração chamada Labirinto (um corredor de 130 metros com salas, atores vestidos de monstros, fumaça cenográfica e jogos de luzes).
O estudante integrava uma excursão com cerca de 200 alunos do Centro Educacional Etip, de Santo André (na Grande São Paulo). O grupo passou o dia no parque com professores.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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