Carnaval terá 14 mil PMs nas ruas de SP e vigilância de 160 drones

Autoridades esperam 15 milhões de foliões na capital; equipes de inteligência devem focar roubos e golpes do Pix

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São Paulo

A operação de segurança do Carnaval no estado de São Paulo deve mobilizar 13.959 policiais militares por dia, em média, durante o feriado e nos fins de semana antes e depois da festa. A PM estima que cerca de 15 milhões de foliões passarão pela capital paulista a partir desta sexta (10) —mesmo público de 2020, último ano em que a festa entrou no calendário oficial.

O efetivo ficará ligeiramente abaixo da operação do Carnaval de três anos atrás, quando cerca de 15 mil policiais trabalharam por dia. Normalmente, o estado tem 8.000 PMs nas ruas todos os dias, e operações especiais costumam ter efetivo de 12 mil policiais, em média, segundo o comando-geral da corporação.

A segurança do Carnaval também deve contar com um número inédito de drones, com 160 equipamentos fazendo a vigilância de locais de grande aglomeração. A PM também utilizou drones no Carnaval de 2020, mas em número bem menor: apenas 15 drones.

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Viaturas da PM e da GCM passam ao lado de foliões no Largo do Arouche, no centro de São Paulo - Bruno Santos - 12.fev.2021/Folhapress

"Eles vão realizar um patrulhamento preventivo aéreo no local, porque o operador de drone terá o mesmo 'feeling' [intuição] que o policial que está a pé ou nas viaturas de identificar algum comportamento que não seja condizente, [que indique] alguma ilegalidade", disse o comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas. "Agora nós vamos utilizar em massa, praticamente em todas as grandes concentrações [do Carnaval] nós teremos drones."

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, 511 blocos de rua vão desfilar na cidade.

A revista de foliões em pontos de acesso será concentrada nos 16 megablocos da capital, segundo a PM. Os policiais deverão dar apoio a seguranças contratados pela Prefeitura de São Paulo, que farão a revista.

Nesses locais, não será permitida a entrada de foliões portando garrafas de vidro, nem objetos cortantes ou perfurantes, como canivetes. Quem for flagrado com armas poderá ser levado à delegacia.

A PM realiza desde o início deste mês uma operação preventiva com o objetivo de prender criminosos que são alvos de mandado de prisão e estão foragidos. O foco está em pessoas procuradas por furto, roubo e golpes ligados a cartões de crédito e ao Pix.

Entre os dias 2 e 8 deste mês, a polícia já prendeu 854 pessoas com esse perfil na força-tarefa. A intenção, segundo a PM, é tirar das ruas os suspeitos de crimes comuns em grandes festas ao ar livre, como tem ocorrido nos blocos de pré-Carnaval.

"Temos uma perspectiva de que [essas prisões] vão impactar positivamente no Carnaval", afirmou o comandante.

O coronel Cássio disse ainda que equipes de inteligência estarão nas ruas nos próximos três fins de semana para identificar suspeitos que estejam disfarçados de vendedores ambulantes para aplicar golpes nos foliões. Segundo ele, esses golpes têm sido praticados tanto por grupos organizados como por criminosos que atuam de forma independente.

Blitz da Lei Seca

O policiamento de trânsito vai intensificar a fiscalização com bafômetro em blitze próximas a blocos de Carnaval. Na cidade de São Paulo, as blitze começam já nesta quinta (9).

De acordo com o coronel Edmilson Colonello, comandante do CPTran (Comando do Policiamento de Trânsito) da Polícia Militar, as ações serão mais intensas na concentração e na dispersão dos megablocos e durante as madrugadas.

Entre as 22h desta quinta e as 3h de sexta, por exemplo, serão 210 policiais militares nas ruas, distribuídos em 30 pontos de bloqueio na capital, com 115 viaturas. Durante os três finais de semana de festa, efetivo deve aumentar.

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