Família de mãe e filha que estavam em helicóptero que sumiu quer contratar mateiros para buscas

Procura pela aeronave com voos da FAB e da Polícia Militar entrou no quinto dia nesta sexta (5)

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São Paulo

Os familiares das duas mulheres que estavam a bordo do helicóptero que sumiu em São Paulo no dia 31 de dezembro decidiram contratar mateiros para fazer buscas por terra. A aeronave decolou do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, com destino a Ilhabela , mas não chegou ao destino.

Estão desaparecidos o empresário Raphael Torres, 41, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e o piloto Cassiano Tete Teodoro.

A varredura área da FAB (Força Aérea Brasileira) e da Polícia Militar em busca do helicóptero Robinson R44 entraram no quinto dia nesta sexta (5) e é feita entre os municípios de Salesópolis, Natividade da Serra e Caraguatatuba, na serra do Mar.

Silvia Santos, 43, irmã de Luciana e tia de Letícia, disse nesta sexta-feira que o pai e o namorado da sobrinha estão na região de Salesópolis desde quinta (4) à procura de mateiros especializados em vegetação fechada para as buscas pelas vítimas e pela aeronave.

A intenção da família é abrir uma frente de busca terrestre enquanto as forças mantêm as buscas com aeronaves. Segundo Silvia, porém, o pai de Letícia ainda não encontrou quem pudesse realizar a incursão. A família também ainda não sabe quantos mateiros seriam necessários, nem quanto o serviço pode custar.

Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e a mãe, Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, são brancas, possuem cabelos longos e usam óculos
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e a mãe, Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, estavam no helicóptero que sumiu em São Paulo - Leitor

De acordo com a FAB, já foram 32 horas de sobrevoos em uma área de 5.000 quilômetros quadrados. Ainda não há sinais da localização do helicóptero.

Nesta quinta-feira, o Corpo de Bombeiros afirmou que suas equipes estão prontas para fazer buscas por terra, mas a investida por solo só será feita quando houver coordenadas sobre a possível localização da aeronave.

As buscas nesta sexta são dificultadas mais uma vez pelas condições climáticas. Segundo a Defesa Civil, imagens de satélite e radares meteorológicos mostram bastante nebulosidade nas áreas de serra do Vale do Paraíba, o que dificulta voos baixos de pequenas aeronaves. A tendência é que o tempo abra um pouco nas próximas horas, mas, ao longo da tarde, áreas de instabilidade se formarão e devem causar pancadas de chuva forte, seguidas por raios e vento.

A aeronave SC-105 Amazonas, do 2°/10° GAV (Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação) – Esquadrão Pelicano, decola sempre de São José dos Campos por conta da proximidade com a serra do Mar.

A bordo da aeronave da FAB estão 15 tripulantes especializados. O avião tem um radar capaz de realizar buscas na terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento (Salvaero), mesmo em voos a baixa altura.

A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar.

O helicóptero com as quatro pessoas desapareceu na tarde de domingo após adentrar em trecho de forte neblina no trajeto entre a cidade de São Paulo e o município de Ilhabela. Vídeo e mensagens enviadas por piloto e passageira reportam ausência de visibilidade para sobrevoar a Serra do Mar e um pouso de emergência em área de mata.

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