Busca por helicóptero desaparecido em SP encerra quinto dia sem encontrar aeronave

Operação da Força Aérea e da Polícia Militar recebeu apoio do Exército nesta sexta (5)

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São Paulo

Terminou sem sucesso o quinto dia de buscas pelo helicóptero que desapareceu no trajeto entre a cidade de São Paulo e o município de Ilhabela, no litoral norte do estado, informou na noite desta sexta-feira (5) a FAB (Força Aérea Brasileira).

O Robinson R44 que sumiu na tarde de domingo (31) transportava quatro pessoas. Estavam a bordo o empresário Raphael Torres, 41, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, além do piloto Cassiano Tete Teodoro.

Desde o início da operação de resgate, a FAB cumpriu 37 horas de voo. A área total de buscas possui 5.000 quilômetros quadrados.

Além do trabalho da Força Aérea realizado com um avião especial para operações de resgate, a procura conta com o helicóptero Águia da Polícia Militar e, a partir desta sexta, recebeu apoio do 2º Batalhão de Aviação do Exército com um helicóptero Pantera K2.

Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e a mãe, Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, são brancas, possuem cabelos longos e usam óculos
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e a mãe, Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, estavam no helicóptero que sumiu em São Paulo - Leitor

A equipe da Aviação do Exército é composta pela tripulação de dois pilotos, mecânico de voo e três militares da equipe de Busca e Salvamento.

As buscas ocorrem na região do Vale do Paraíba e litoral norte. A aeronave e tripulação têm capacidade e preparação para buscas e salvamento inclusive no período noturno, com o uso de óculos de visão noturna.

De acordo com a Defesa Civil, as buscas são feitas entre os municípios de Salesópolis, Natividade da Serra e Caraguatatuba, na Serra do Mar.

Condições climáticas desfavoráveis, com muita neblina, o relevo montanhoso e a densa mata na região dificultam as buscas.

A PM chegou a paralisar as buscas por algumas horas devido o mau tempo.

Durante a manhã, a Defesa Civil alertou que imagens de satélite e radares meteorológicos mostravam bastante nebulosidade nas áreas de serra do Vale do Paraíba, o que dificultaria voos baixos de pequenas aeronaves.

Como é a operação da Força Aérea

A Força Aérea Brasileira realiza a procura com uma aeronave SC-105 Amazonas, que decola sempre de São José dos Campos, cidade que fica relativamente próxima às áreas de buscas na Serra do Mar.

A bordo da aeronave da FAB estão 15 tripulantes especializados.

O avião tem um radar capaz de realizar buscas na terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento (Salvaero), mesmo em voos a baixa altura.

A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar.

Família de mãe e filha desaparecidas quer contratar mateiros para buscas

Os familiares das duas mulheres que estavam a bordo do helicóptero que sumiu em São Paulo no dia 31 de dezembro decidiram contratar mateiros para fazer buscas por terra.

Silvia Santos, 43, irmã de Luciana e tia de Letícia, disse nesta sexta-feira que o pai e o namorado da sobrinha estão na região de Salesópolis desde quinta (4) à procura de mateiros especializados em vegetação fechada para as buscas pelas vítimas e pela aeronave.

A intenção da família é abrir uma frente de busca terrestre enquanto as forças mantêm as buscas com aeronaves. Segundo Silvia, porém, o pai de Letícia ainda não encontrou quem pudesse realizar a incursão. A família também ainda não sabe quantos mateiros seriam necessários, nem quanto o serviço pode custar.

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