O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse, nesta quinta-feira (15), que 300 agentes foram mobilizados para procurar os dois detentos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Em sua primeira entrevista coletiva à imprensa desde que assumiu o cargo, e mais de 24 horas depois de o episódio se tornar público, o ministro disse que a prioridade é achar Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho ou Tatu. Segundo as investigações, eles são ligados ao Comando Vermelho.
Ele afirmou que também há três helicópteros atuando, além de drones envolvidos na procura dos fugitivos que estão localizados no perímetro de cerca de 15 km do presidio até o centro da cidade.
A gestão dessas unidades é de responsabilidade da pasta de Lewandowski, que teve a sua primeira crise em 13 dias no comando do ministério. A fuga foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde sua implantação, em 2006.
Em entrevista coletiva, o ministro considerou a situação como grave.
"Considero realmente que a fuga dos dois detentos é algo que não pode ser minimizada, é algo grave, é grave, mas é uma fuga que se deu em uma série de coincidências negativas, casos fortuitos e, infelizmente, facilitaram a fuga desses dois detentos, desses dois criminosos. Embora preocupante, isso não afeta a segurança dos presídios federais", disse.
Mais cedo, o secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, disse que, se os protocolos de segurança da penitenciária federal de Mossoró (RN) tivessem sido seguidos rigorosamente, as duas fugas inéditas no sistema não teriam acontecido.
O ministro suspendeu banhos de sol, visitas sociais e de advogados nos presídios federais após o ocorrido. A medida vale para os dias 15 e 16 de fevereiro.
Além disso, foram suspensas também atividades de assistência educacional, laboral e religiosa. Somente os atendimentos emergenciais de saúde seguem mantidos.
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