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Nasa mede profundidade das enchentes no RS e diz que água superou 5 metros

Profundidade foi constatada principalmente no entorno de Porto Alegre

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São Paulo

A Nasa divulgou nesta semana uma nova imagem de satélite que mostra a profundidade das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. A imagem mostra que a água superou a altura de 5 metros acima do nível do solo em grandes áreas, principalmente no entorno da capital Porto Alegre.

O registro é do dia 6 de maio, quando os temporais no estado completavam uma semana. No mapa, áreas em azul apontam alagamentos que vão de 10 centímetros até 5 metros de profundidade —tons mais escuros representam os maiores níveis d'água.

O mapa mostra que as enchentes naquele dia atingiram seus maiores patamares, em profundidade, nos municípios mais próximos ao lago Guaíba —o delta do rio Jacuí.

A imagem mostra um mapa de satélite detalhando a profundidade estimada das águas de inundação em uma região. As áreas afetadas são destacadas em tons de azul, com variações de intensidade indicando a profundidade da água, que vai de 0,1 a mais de 5 metros. Duas áreas ampliadas mostram detalhes das inundações próximas a centros urbanos, com a localização de cidades e rios claramente marcados.
Mapa feito a partir de imagens de satélite da Nasa, agência espacial americana, mostra extensão e profundidade das inundações no RS no dia 6 de maio de 2024 - NASA Earth Observatory

Em texto publicado no site do Observatório da Terra, que acompanha a imagem, a agência espacial americana afirma que, embora boa parte dos alagamentos na região fotografada tenham ficado abaixo de 1 metro, essa altura já é suficiente para causar enormes danos à população.

As estimativas de profundidade do mapa foram feitas com base nas fotografias que mostram a extensão dos alagamentos e nos dados da topografia do terreno.

Informações sobre a profundidade das inundações são úteis para os trabalhos de resgate e para o planejamento de apoio à vítimas, uma vez que apontam as vias bloqueadas pela água e os locais onde a inundação é pior, destacou a Nasa.

Dados como esse foram usados, segundo a agência espacial, no socorro a regiões dos Estados Unidos atingidas por furacões. A Nasa afirma que disponibilizou os dados sobre as enchentes numa plataforma aberta, para que órgãos públicos e da sociedade civil possam usá-los nos trabalhos de resgate e estudos do evento climático.

O número de mortos em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul chegou a 172, segundo a Defesa Civil do estado. Há 41 desaparecidos.

São mais de 572 mil desalojados e 30,4 mil em abrigos —esse número atingiu seu pico em 12 de maio, quando 81,2 mil estavam abrigados em equipamentos públicos.

O nível do lago Guaíba ficou abaixo da cota de inundação entre a última sexta (31) e o sábado. A medição apontou 3,57 metros, às 6h30, na Usina do Gasômetro, na região central de Porto Alegre, e às 8h15 estava em 3,55 m —a cota de inundação neste ponto de medição é de 3,6 metros.

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