Descrição de chapéu São Paulo acidente aéreo

Governo tem dados inicias sobre a identidade de mais 30 vítimas de acidente da Voepass

Confirmação depende de cruzamento de informações, segundo capitão da Defesa Civil

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São Paulo

O processo de identificação das vítimas do voo 2283 da Voepass entrou neste domingo (11) no seu segundo dia, para quando está prevista uma rodada de entrevistas com familiares. Até o momento, dois corpos foram identificados e, segundo a Defesa Civil, há dados iniciais sobre cerca de outros 30, mas que ainda precisam ser confirmados por meio de outras informações.

"Com esse 'planilhamento' e o cruzamento de informações, podemos avançar na identificação", afirmou o capitão Roberto Farina, na manhã deste domingo (11), no Instituto Oscar Freire de medicina legal, na zona oeste paulistana. "Existe a possibilidade de mais identificações até o fim do dia, claro, mas não é certo."

Farina afirmou que o trabalho de identificação das vítimas sido difícil e minucioso. Em razão da explosão causada pela queda da aeronave, muitos corpos estão queimados.

Neste domingo, os parentes de vítimas começaram a chegar ao instituto por volta das 9h30. Eles entraram no local de ônibus e van, que saíram de um hotel em que foram alojadas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Das 62 famílias, 26 ainda não foram ouvidas. Delas, seis estão vindo de Cascavel (PR), com o prefeito da cidade, Leonaldo Paranhos (PL). A expectativa é que desembarquem na capital paulista ainda neste domingo.

As famílias de vítimas que residem em Cascavel e em Ribeirão Preto, no interior paulista, e não quiserem se deslocar até a capital poderão se apresentar aos núcleos de IML locais, de acordo com a administração estadual.

Nas entrevistas, funcionários do instituto perguntam sobre traços físicos, tatuagens, marcas de cirurgia e todo tipo de informação que possa auxiliar a polícia científica a distinguir os corpos, muitos seriamente queimados pela explosão causada após queda da aeronave, na última sexta-feira (9), em Vinhedo (SP).

Como os corpos estão total ou parcialmente carbonizados, qualquer detalhe pode ser fundamental na identificação.

Segundo o governo paulista, os familiares foram orientados sobre a entrega de documentações médicas, além da coleta de materiais biológicos para a realização de exames genéticos, quando necessário.

A coleta de materiais genéticos segue uma ordem para seleção das famílias, iniciando por mãe e pai dos desaparecidos, mãe ou pai, mais filho ou cônjuge do desaparecido, filhos e cônjuge do desaparecido, mãe ou pai, mais irmão germano do desaparecido, irmão germano, mais filho e cônjuge do desaparecido, dois ou mais irmãos germanos do desaparecido.

Todos os corpos de vítimas já foram resgatados dos escombros do avião. Até agora, porém, somente os de duas delas foram identificadas: o do piloto Danilo Santos Romano e o do copiloto, Humberto de Campos Alencar e Silva.

O acidente matou os 58 passageiros e os quatro tripulantes que estavam a bordo. Inicialmente, foi divulgado que 61 pessoas estavam no avião. Mas, neste sábado (10), a Voepass afirmou que o nome de um passageiro, Constantino Thé Maia, não constava da lista de embarcados.

A aeronave, que decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40, perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo.

Registros do site mostram que o bimotor começou a perder altitude às 13h20, quando estava a cerca de 5.100 metros. Cerca de um minuto depois, atingiu 1.798 metros, no último registro disponível.

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