Descrição de chapéu Planeta em Transe

Rio Negro registra descida de 25 cm em Manaus (AM) em 24 h

A cota abaixo da normalidade faz parte do cenário de seca severa enfrentado pela região amazônica

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São Paulo

Em 24 horas, o nível do rio Negro baixou 25 cm na medição em Manaus (AM), segundo dados do 36º Boletim Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil.

A cota abaixo da normalidade faz parte do cenário de seca severa enfrentado pela região amazônica, com impactos em toda a calha da bacia do rio Amazonas.

Há registros de mínimas históricas também nos rios Solimões e Madeira e cotas abaixo da normalidade nos rios Acre e Amazonas, além do Negro.

A imagem mostra uma área ribeirinha com várias casas flutuantes de madeira, algumas com telhados coloridos, localizadas em um terreno seco. Há barcos ancorados nas proximidades e uma vegetação densa ao fundo. No horizonte, é possível ver a silhueta de uma cidade. O ambiente parece ser uma mistura de natureza e habitação humana, com um caminho de terra visível à direita.
Foto de drone mostra casas flutuantes e barcos encalhados devido à seca que afeta o rio Negro - Bruno Kelly - 2.set.2024/Reuters

Nesta quarta-feira (4), o nível do rio Negro chegou a 19,01 m, 2,50 metros abaixo do intervalo de normalidade para a época.

Em outubro de 2023, o rio atingiu seu nível mais baixo em 120 anos de medição em Manaus, confirmando a seca do período como a mais severa dos últimos tempos na região. Na ocasião, a cota do Negro chegou a 13,59 m.

Segundo o Serviço Geológico do Brasil, em Tabatinga (AM) o rio Solimões atingiu -1,35 me na terça-feira (3), a cota mais baixa desde o início da série histórica (1983).

Em Rio Branco (AC), o rio Acre chegou à marca de 1,31 m, a terceira mais baixa da história, atrás de 1,30 m em 2016 e de 1,24 m em 2022.

O rio Amazonas mantém o processo de recessão, com declínios diários de 14 cm em Parintins (AM) e 12 cm em Óbidos (PA).

O Brasil enfrenta a pior seca já registrada desde o início da atual série histórica, em 1950. Segundo um índice que mede as quantidades de água da chuva e da evapotranspiração de plantas, o momento atual supera as estiagens de 1998 e de 2015/2016.

A situação tende a se estender, porque as chuva devem atrasar, com chance de intensificação da seca em toda a região central e no Norte do país.

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