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Sobe para oito o número de cidades em emergência devido à seca no RS
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NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO
A seca que atinge parte do Rio Grande do Sul elevou para oito o número de cidades em situação de emergência no Estado, segundo informações da Defesa Civil. Na quinta-feira (13), a prefeitura de Cerrito (310 km de Porto Alegre) enviou o decreto em que solicita ajuda para driblar os efeitos da falta de chuvas. Outras prefeituras que decretaram situação de emergência são Candiota, Pedras Altas, Herval, Hulha Negra, Santana do Livramento, Lavras do Sul, Pedro Osório e Cerrito.
Os municípios de Aceguá, Piratini e Pinheiro Machado também já enviaram à Defesa Civil estadual uma notificação preliminar de desastre, documento que precede o decreto de emergência.
A população enfrenta problemas de abastecimento de água e falta de alimentos na região.
O capitão Ari Ferreira, da Defesa Civil, diz que a instituição está disponibilizando recursos de acordo com a necessidade de cada município. Um caminhão de Lavras do Sul deve ir hoje até Porto Alegre buscar cem filtros de água e 200 cestas básicas -- o que corresponde a 4,8 toneladas de alimentos.
Em Candiota, onde mais de 900 famílias do meio rural sofrem com a seca, a água é entregue com ajuda de caminhão-pipa. Segundo o secretário de agropecuária do município, Fabiano Oswald, a região frequentemente sofre com a estiagem. "Mas isso se agrava mais em fevereiro e março, quando já estamos preparados. Neste ano começou mais cedo", diz.
PREJUÍZOS
Moradores da área rural da região, onde predomina a agricultura familiar em pequenas e médias propriedades, já calculam os prejuízos devido à estiagem. Em Pedras Altas, mais de 70% da área de produção não pôde ser plantada, devido à falta de umidade no solo. Já a produção da área que corresponde aos 30% restantes está comprometida. As culturas mais afetadas são soja e milho.
A prefeitura aponta um prejuízo inicial estimado em R$ 50 milhões. O valor integra também as perdas na produção de carne e leite.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), Tailor Garcia, nem mesmo as chuvas que voltaram a ocorrer nos últimos dias foram suficientes para voltar à produção, uma vez que as pancadas foram isoladas e de baixa intensidade. 'E a época agora não é mais recomendada para o plantio de soja', afirma.
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