Descrição de chapéu saúde mental

Faça o teste para descobrir o perfil de seu relógio biológico e ajustar o sono

O chamado cronotipo define se alguém tem tendência para acordar cedo ou tarde; lutar contra o tique-taque interno tende a ser danoso para a saúde física e mental

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São Paulo

Algumas pessoas, sem esforço aparente, acordam logo cedo, junto com as galinhas e no melhor humor do mundo. Outras dormem até tarde e só saem da cama, quem sabe, perto do meio-dia –antes disso são um perigo para quem estiver por perto.

Seriam as primeiras trabalhadoras, e as segundas, preguiçosas?

Nada disso. O ciclo de sono varia entre os seres humanos, e o que define a melhor hora para acordar ou dormir é o relógio biológico de cada um –uma característica tão individual quanto a altura ou o tamanho dos pés.

Mulher serena dormindo em sua cama e despertador em primeiro plano
Quando a luz natural diminui, o corpo produz melatonina, o hormônio da escuridão; é ele que traz o sono - stokkete/stock.adobe.com

De acordo com Russell Foster, professor da Universidade de Oxford e especialista no tema, conhecer o próprio relógio biológico ajuda a planejar uma rotina ideal, com máximo potencial no desempenho e mínimo prejuízo para o corpo e a mente.

Não é para menos. No livro "O Ciclo da Vida" (ed. Objetiva), recém-publicado no Brasil, Foster mostra como o tique-taque interno indica não só a melhor hora de dormir e acordar mas também de comer, pensar, tomar decisões e fazer atividades físicas.

Ignorar a tendência do relógio biológico pode ser bastante danoso para o indivíduo, e não só devido a uma queda no desempenho: dormir menos do que o corpo gostaria resulta em problemas graves para a saúde física e mental.

A privação de sono aumenta o risco de doenças cardiovasculares, infecções, câncer e diabetes tipo 2, por exemplo. Também amplia a irritabilidade, a ansiedade, a frustração, a propensão a pensamentos negativos e as flutuações de humor.

O ciclo de sono muda naturalmente ao longo da vida e, embora seja possível adaptá-lo de maneira artificial, o mais recomendado é respeitá-lo tanto quanto possível.

O primeiro passo para isso é conhecer o próprio cronotipo, uma espécie de perfil do relógio biológico, usando, por exemplo, o teste a seguir, extraído do livro de Foster (que, por sua vez, se baseou num estudo de J. A. Horne e O. Ostberg).

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Segundo Foster, os cronotipos podem ser separados em três tipos, que decorrem de uma interação entre alterações genéticas, fisiologia, comportamento e entorno.

Os sabiás, ou matutinos, gostam de dormir e acordar cedo; os noturnos, ou corujas, são o oposto; e os intermediários ficam no meio do caminho.

Descubra o seu perfil. Como escreve Foster: "O relógio biológico e a biologia do sono podem ser comparados ao tamanho de um sapato: não existe um número que sirva para todos, e obrigar todo mundo a usar o mesmo número não apenas seria estúpido, mas potencialmente danoso".

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