Descrição de chapéu Coronavírus

Efetividade da vacina da Pfizer contra Covid cai após 6 meses, diz estudo

Queda diz respeito a infecções; proteção contra internação e morte se mantém alta

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Manas Mishra
Reuters

A efetividade da vacina da Pfizer-BioNTech para evitar a infecção pelo coronavírus caiu de 88% para 47% seis meses depois da segunda dose, segundo dados usados pelas agências de saúde dos Estados Unidos para decidir sobre a necessidade de doses de reforço.

Os dados foram publicados na segunda-feira (4) na revista médica Lancet. Eles haviam sido divulgados em agosto antes da revisão por pares.

A queda detectada no estudo diz respeito a infecções pelo coronavírus. A análise mostrou que a efetividade da vacina para evitar internação e morte se manteve alta, em 90%, durante pelo menos seis meses, mesmo contra a variante delta do coronavírus, altamente contagiosa.

Imagem em close mostra mão de profissional da saúde seguirando uma seringa espetada em uma ampola de vacina
Profissional da saúde prepara vacina contra a Covid da Pfizer - Patrick T. Fallon/AFP

Cientistas da Pfizer e do centro de saúde Kaiser Permanente estudaram registros eletrônicos de aproximadamente 3,4 milhões de pessoas filiadas à Kaiser Permanente Southern California entre dezembro de 2020 —quando a vacina foi disponibilizada— e agosto de 2021.

"Nossa análise específica por variante mostra claramente que a vacina [Pfizer-BioNTech] é eficaz contra todas as atuais variantes que causam preocupação, incluindo a delta", disse Luis Jodar, vice-presidente sênior e diretor-médico da Pfizer vacinas.

Uma potencial limitação do estudo foi a falta de dados sobre adesão a diretrizes enganosas e ocupações da população do estudo, o que poderia ter afetado a frequência dos testes e a probabilidade de exposição ao vírus.

A efetividade da vacina Pfizer-BioNTech contra a variante delta foi de 93% depois do primeiro mês, caindo para 53% após quatro meses. Contra outras variantes do coronavírus, a eficácia diminuiu de 97% para 67%.

"Para nós, isso sugere que a delta não é uma variante que está escapando completamente à proteção da vacina", disse a chefe do estudo, Sara Tartof, do Departamento de Pesquisa e Avaliação da Kaiser Permanente.

"Se fosse, provavelmente não teríamos visto alta proteção depois da vacinação, porque a vacinação não estaria funcionando nesse caso. Começaria baixa e continuaria baixa."

Testar por variantes tem maior probabilidade de falhar em indivíduos vacinados, o que poderia levar a uma superestimativa da efetividade específica por variante no estudo, advertiram os autores.

A Agência de Alimentos e Drogas dos EUA autorizou o uso de uma dose de reforço da vacina Pfizer-BioNTech para americanos idosos e algumas pessoas com alto risco de serem infectadas. Os cientistas pediram mais dados sobre se os reforços devem ser recomendados a todos.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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