Descrição de chapéu Coronavírus

Anvisa recebe pedido para uso da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos

Agência terá prazo de sete dias para analisar solicitação feita pelo Instituto Butantan

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Brasília

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu do Instituto Butantan um pedido para a ampliação do uso da vacina Coronavac em crianças de 3 a 5 anos. A solicitação foi feita nesta sexta-feira (11).

A agência reguladora já aprovou o imunizante para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em janeiro deste ano.

Na ocasião, a Anvisa vetou a aplicação da vacina para o público de 3 a 5 anos ao entender que não existiam dados suficientes para autorizar o imunizante nessa faixa etária.

Enfermeiro prepara aplicação de dose da Coronavac em criança na cidade de Leticia, na Colômbia
Enfermeiro prepara aplicação de dose da Coronavac em criança na cidade de Leticia, na Colômbia - Jhon Paz - 17.dez.21/Xinhua

Segundo a Anvisa, o prazo de avaliação para esse novo pedido é de até sete dias úteis e começa a contar a partir da segunda-feira (14).

A agência disse ainda que a análise técnica será feita de forma rigorosa e com toda a cautela necessária para esse público.

"No caso de vacinas para o público infantil, alguns dos principais pontos de atenção da Anvisa se referem aos dados de segurança e eventos adversos identificados, ajuste de dosagem da vacina, fatores específicos dos organismos das crianças em fase de desenvolvimento, entre outros", disse, em nota.

O imunizante fabricado pelo Butantan está autorizado para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 para pessoas a partir de 18 anos.

Esse é o terceiro pedido feito pelo Instituto Butantan para imunizar crianças. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado pela agência reguladora e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados. O segundo aprovou a vacina em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.


A Anvisa autorizou em 16 de dezembro o uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 5 a 11 anos.

No dia 5 de janeiro, o Ministério da Saúde anunciou que crianças receberiam a vacina sem a necessidade de apresentação de prescrição médica.

A campanha de vacinação foi aberta em 14 de janeiro em São Paulo. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos.

A vacinação de crianças e adolescentes é tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), que chegou a distorcer dados e desestimular a imunização dos mais jovens. Ele chegou a ameaçar expor nomes dos servidores da Anvisa que aprovaram o uso de vacinas da Pfizer em crianças.

O Ministério da Saúde adquiriu 10 milhões de doses da Coronavac com o Instituto Butantan para vacinar o público infantil.

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