Cartola que delatou Ricardo Teixeira vive preso no Uruguai
Andres Stapff-24.dez.2015/Reuters | ||
Eugenio Figueredo chega ao Uruguai, após prisão em 2015 |
Homem forte do futebol uruguaio nas últimas décadas, Eugenio Figueredo não vai poder ir ao Estádio Centenário.
Ele está preso desde abril de 2016 em sua casa na capital uruguaia por ser um dos protagonistas do esquema de corrupçãorevelado pelo FBI em 2015.
O cartola comandou a federação local de 1997 a 2006. Em 2013, assumiu o cargo de presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana).
Segundo o FBI, os presidentes das federações locais da América do Sul e o comandante da Conmebol recebiam propina de agências de marketing esportivo na venda de direitos de transmissão.
Com 85 anos, Figueredo foi autorizado a ficar em prisão domiciliar após ter sido submetido a uma cirurgia para a retirada de tumor na próstata.
O uruguaio é um dos poucos cartolas que firmou acordo de colaboração com o FBI e com as autoridades do seu país.
Ele relatou o caminho do dinheiro nas negociações com os seus companheiros de Conmebol e ainda aceitou ter parte dos seus bens bloqueados. Foram cerca de US$ 10 milhões (R$ 31 milhões).
No seu depoimento no Uruguai, ele afirmou que Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, comandava a divisão das propinas. Teixeira é acusado pelo FBI de se beneficiar do esquema, assim como o atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero.
Os dois nunca mais deixaram o Brasil temendo serem presos.
Em Montevidéu, o paraense Antonio Carlos Nunes, o coronel Nunes, é o representante da CBF. Ele é vice da entidade.
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