Descrição de chapéu Copa América

Técnico da Argentina vê ataque 'dinamite pura' falhar na Copa América

Em dois jogos, equipe de Messi, Aguero e companhia marcou apenas um gol

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São Paulo

A preocupação do novato técnico Lionel Scaloni, antes do início da Copa América, era ajustar a defesa. Ele acreditava que o ataque era a última das suas preocupações.

"Sabemos que lá [na frente] temos dinamite pura", disse.

Ataque argentino ainda não funcionou nesta edição da Copa América
Ataque argentino ainda não funcionou nesta edição da Copa América - Raul Arboleda/AFP

A Argentina chega ao jogo contra o Qatar neste domingo (23), às 16h, com apenas um gol na Copa América. E este foi graças a um pênalti assinalado com a ajuda do VAR, diante do Paraguai. A partida terminou empatada em 1 a 1.

Não apenas neste confronto, mas também na estreia contra a Colômbia (derrota por 2 a 0), a seleção teve dificuldades para criar.

A Argentina enfrenta o time do Oriente Médio, convidado pela Conmebol, como lanterna do Grupo B, com um ponto. Vitória por qualquer placar lhe garante a classificação pelo menos como um dos melhores terceiros colocados. 

A Argentina depende dos atacantes para avançar às quartas de final e evitar um vexame histórico. 

“O que mostramos até agora não é bom o bastante. Isso é claro. As dificuldades têm sido grandes”, constatou Lionel Messi.

Para definir seu ataque como "dinamite pura", Scaloni se referia ao trio Messi, Aguero e Di María. Mas, após a derrota na primeira rodada, o técnico colocou Aguero e Di María na reserva. Havia mais. O substituto Lautaro Martínez se irritou ao ser substituído no segundo tempo contra o Paraguai. Não quis cumprimentar Scaloni e atirou uma garrafa d'água no chão.

Após o empate, o treinador disse que tinha tirado o atacante por causa de uma contusão. "Estava bem. Poderia continuar", o desmentiu Martínez.

As chances de classificação da Argentina não são pequenas, na verdade, por causa da defesa. O goleiro Franco Armani defendeu pênalti durante o segundo tempo no Mineirão, lance que poderia ter mudado a história da seleção no torneio e dado a vitória aos paraguaios.

Apesar do potencial descrito por Scaloni, o trio ofensivo não tem uma trajetória recente de brilho pela seleção.

Da queda na Copa do Mundo da Rússia ao início da Copa América, Messi fez apenas dois jogos pela equipe (amistosos contra Venezuela e Nicarágua). Aguero parece desgastado e sem o mesmo arranque que mostra pelo Manchester City. O último momento memorável de Di María pela seleção foi o gol contra a Suíça, nas oitavas da Copa de 2014.

Não é muito diferente do que aconteceu no último Mundial. O elenco comandado por Jorge Sampaoli apenas foi às oitavas de final graças a um gol salvador do zagueiro Marcos Rojo, nos minutos finais do confronto com a Nigéria. "Precisamos gerar mais chances de gol para Messi. Temos o melhor do mundo, algo que ninguém mais tem", opinou Rodrigo De Paul.

O problema é que Colômbia e Paraguai colocaram dois marcadores no camisa 10. Ele não tinha opções de passe.

Isso fez ressurgir na Argentina a crítica de que ele não é como Maradona, capaz de sozinho levantar o ânimo dos companheiros com lances individuais. É apenas mais uma comparação feita entre os dois nomes históricos em que o de Messi sempre sai em desvantagem aos olhos do torcedor.

Algo que não vai mudar em caso de classificação. A questão será o que virá depois. E há a possibilidade de ser o Brasil nas quartas, se a Argentina ficar em terceiro no grupo.

Se for eliminada na primeira fase em que 8 das 12 seleções se classificam, o mundo vai explodir sobre a cabeça do iniciante Scaloni, como se fosse dinamite.

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