As seleções feminina e masculina de vôlei garantiram vaga nas quartas de final dos Jogos de Tóquio com certa tranquilidade e boas atuações na Ariake Arena.
Sob comando do técnico José Roberto Guimarães, as mulheres não chegaram ao Japão entre as principais favoritas na briga pelo ouro, mas jogo a jogo ganharam motivos para se animar.
A equipe assumiu a liderança do Grupo A com vitória sobre a Sérvia por 3 a 1, parciais de 25/20, 25/16, 26/25 e 25/19 —logo sobre a rival considerada, pelo próprio Zé Roberto, como séria candidata ao ouro.
“A Tandara sabe que ficou devendo nos dois primeiros jogos", diz o técnico sobre sua jogadora oposta. "Contra a Sérvia, ela fez uma partida muito boa, esse é o nível que ela joga, chamando a responsabilidade e batendo bolas difíceis."
A equipe brasileira fará seu último duelo pela fase de grupos nesta segunda-feira (2), às 9h45 (de Brasília), contra a seleção do Quênia, lanterna da chave.
Outra boa notícia é a precoce eliminação da China. Atual campeã olímpica, a seleção asiática fez campanha pífia e não tem chances matemáticas de avançar na competição.
No masculino, o Brasil se despediu da fase de grupos com uma vitória sobre a França por 3 sets a 2, parciais de 25/22, 37/39, 25/17, 21/25 e 20/18, na madrugada deste domingo (1º).
O terceiro set, 39 a 37 para os franceses, teve duração de 51 minutos e foi o que mais teve pontos nos Jogos de Tóquio –e o segundo na história das Olimpíadas, atrás de Itália 40 x 38 Argentina em Sidney-2000.
A partida, com 249 pontos no total (128 dos brasileiros e 121 dos franceses), é a maior da história dos Jogos em pontuação. O recorde anterior era de 241 pontos, somados na superação da Itália sobre a antiga Iugoslávia (19/25, 25/19, 22/25, 33/31, 20/22), também nas Olimpíadas disputadas na Austrália.
“Foi um jogo mentalmente difícil, porque os franceses se defendem bem e cresceram no contra-ataque. Precisamos ver o que aconteceu de errado no quarto e no quinto set para que isso não ocorra nas quartas de final”, disse o central Lucão.
Para a equipe masculina, há um espinho sobre o qual o técnico Renan Dal Zotto evita comentar: o time russo. O Brasil ganhou quatro dos cinco confrontos pela fase de grupos, mas foi derrotado por 3 sets a 0 pela seleção europeia.
Em junho, os brasileiros já haviam perdido para os russos pelo mesmo placar, pela Liga das Nações.
Em Tóquio, os comandados de Renan tiveram dificuldades para passar pelo bloqueio e pela marcação dos europeus. Lucão, maior pontuador da seleção, colocou a bola no chão apenas nove vezes.
Ao analisar o desempenho do Brasil, o técnico enalteceu os triunfos do Brasil. “Acabar [a fase de grupos] com uma vitória assim demonstra crescimento, começamos as Olimpíadas vencendo com dificuldades, fizemos ótimos jogos contra os Estados Unidos e a França”, diz. “É impressionante a qualidade técnica do time da França, de defesa.”
E a Rússia, Renan?
“A Rússia [Comitê Olímpico Russo], não quero pensar por enquanto. Quero pensar no próximo jogo, sempre."
Rússia e Brasil, respectivamente, primeiro e segundo colocados do Grupo B, vão duelar contra os classificados do Grupo A. O adversário e o horário não estavam definidos até a publicação deste texto.
Quartas de final - vôlei masculino
Segunda (2)
ROC (comitê olímpico russo) x Canadá
Terça (3)
Brasil x Japão
Polônia x França
Itália x Argentina
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