Descrição de chapéu DeltaFolha Copa do Mundo 2022

Goleiro da Croácia defendeu 11 de 12 chutes certos do Brasil

Dominik Livakovic igualou recorde de pênaltis defendidos em uma mesma Copa

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São Paulo

Depois de defender três pênaltis nas oitavas de final contra o Japão, o goleiro Dominik Livakovic, da Croácia, voltou a ser um paredão na partida que eliminou o Brasil da Copa do Mundo de 2022.

As equipes se enfrentaram nesta sexta-feira (9) pelas quartas de final do torneio. Após empate em 0 a 0 no tempo normal e nova igualdade por 1 a 1 na prorrogação, a vaga foi decidida nas cobranças de penalidades, com mais uma atuação destacada do croata.

Goleiro croata Dominik Livakovic defende chute de Neymar na partida desta sexta (9).
Goleiro croata Dominik Livakovic defende chute de Neymar na partida desta sexta (9). - Hannah Mckay/Reuters

Antes de parar a batida de Rodrygo e igualar o recorde de defesas em disputas de pênaltis numa mesma edição de Copa, Livakovic já havia realizado 11 intervenções durante o jogo com bola rolando.

Análise da Folha mostra que foram dois chutes da pequena área, outros seis de dentro da grande área e apenas três tentativas da intermediária. A distância média dessas finalizações foi de 14 metros em relação ao ponto central do gol —para comparação, a marca do pênalti fica a 11 metros da linha.

Em pelo menos três defesas, o goleiro mostrou esperteza e velocidade para sair do gol e diminuir o ângulo dos atacantes brasileiros. Abafou chutes à queima-roupa de Vinícius Júnior, Neymar e Lucas Paquetá, todos na segunda etapa do tempo normal.

Quando já parecia claro que a bola não passaria por Livakovic, Neymar resolveu passar ele mesmo pelo adversário. Com uma finta rápida, driblou o goleiro e colocou o Brasil em vantagem já nos acréscimos da primeira parte da prorrogação.

No total, a seleção brasileira finalizou 21 vezes. Além das 11 bolas defendidas por Livakovic e do gol de Neymar, houve ainda sete tentativas bloqueadas ou desviadas pelos zagueiros e dois chutes para fora.

Como se não bastasse, o goleiro croata ainda precisou salvar em cima da linha um cruzamento rasteiro desviado contra a própria meta pelo zagueiro Gvardiol.

Do outro lado, Alisson era praticamente um espectador do jogo. Não foi exigido nenhuma vez sequer até o segundo tempo da prorrogação.

A exemplo do que já havia acontecido nas duas primeiras partidas da seleção nesta Copa, o goleiro saiu de campo mais uma vez sem fazer nenhuma defesa. A única finalização dos croatas no alvo foi parar no fundo das redes.

Depois de quatro chutes para fora e outros três bloqueados pelos zagueiros brasileiros, Petkovic recebeu na entrada da área e bateu de frente para a meta, contando com desvio em Marquinhos para empatar a partida. Houve ainda mais uma finalização croata para longe do alvo nos lances finais.

De acordo com a estatística conhecida como xT, uma abreviação para a expressão em inglês "expected threat" (ameaça esperada), o Brasil foi mais perigoso durante 73 minutos, e a Croácia, por 51, no acumulado da partida.

A métrica calcula a probabilidade de determinada jogada terminar em gol nos toques seguintes, a depender do lugar do campo em que ela ocorre.

O primeiro tempo foi equilibrado (25 e 21 minutos, respectivamente). Depois, houve vantagem brasileira no segundo tempo (30 e 18 minutos) e na primeira parte da prorrogação (12 e 3 minutos). Na parte final do tempo extra, o maior volume ofensivo foi da Croácia (6 e 9 minutos).

Na disputa de pênaltis, Livakovic pegou a batida de Rodrygo e contou com a trave na cobrança de Marquinhos, enquanto Alisson não conseguiu salvar os chutes de Vlasic, Majer, Modric e Orsic.

Ao defender a primeira cobrança brasileira, o goleiro croata igualou as marcas de seu compatriota Danijel Subasic (2018) e do argentino Sergio Goycochea (1990), com quatro defesas em disputas de penalidades numa mesma Copa.

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