Descrição de chapéu Esporte É Cultura

Perto de Paris, estádio de 'Carruagens de Fogo' continua olímpico

Yves-du-Manoir foi construído para os Jogos de 1924 e abriga a competição de hóquei sobre a grama

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Paris

Vamos combinar, nem todo mundo viu "Carruagens de Fogo" (1981), longa britânico de Hugh Hudson, vencedor do Oscar de melhor filme —batendo "Reds", de Warren Beatty, e "Caçadores da Arca Perdida", de Steven Spielberg.

Mas é daqueles títulos que todos reconhecem por algumas características: corredores desafiando seus limites, câmera lenta, muita câmera lenta, e a trilha sonora de Vangelis, uma das mais famosas do cinema e que já embalou muita São Silvestre em fim de ano.

O que talvez pouca gente saiba é que aquela ode ao esporte é uma história verídica que aconteceu nas Olimpíadas de Paris, em 1924.

Eric Liddell, um pastor escocês, portanto britânico, venceu os 400 m rasos. Já Harold Abrahams ganhou a medalha de ouro nos 100 m, derrotando os favoritos americanos.

Uma partida de hóquei em campo está em andamento em um campo azul sob um céu ao entardecer. Jogadores de duas equipes estão em ação, com alguns usando uniformes brancos e outros em verde. O público está assistindo nas arquibancadas, que estão parcialmente ocupadas. Há uma tela grande visível ao fundo, mostrando a partida. A iluminação do campo é adequada para o jogo noturno.
Partida de hóquei entre África do Sul e Grã-Bretanha no estádio Yves-du-Manoir em Paris-2024 - Adnan Abidi/Reuters

As duas provas aconteceram no Estádio Olímpico Yves-du-Manoir, na cidade de Colombes, no chamado Altos do Sena, fora de Paris, construído para os Jogos daquele ano para 45 mil pessoas.

O estádio recebeu ainda a final do futebol, vencida pelo Uruguai, que acabou ganhando o apelido de celeste olímpica após o ouro.

Cem anos e várias reformas depois, o estádio continua de pé, agora, para 14 mil pessoas, e abriga a competição de hóquei sobre a grama, disputada em um gramado sintético azul.

Não muito distante dali, em Nanterre, está a Arena Paris La Défense, casa da natação e que ganhou um novo ídolo nos Jogos Olímpicos, o nadador Léon Marchand, dono de quatro medalhas de ouro em Paris —mais que o Brasil— e chamado por alguns de o Phelps francês.

Com seu skyline de prédios altos e de arquitetura moderna, bem diferente de Paris, La Défense é um dos maiores centros financeiros da Europa e o principal da França. O Homem-Aranha francês Alain já escalou uma de suas torres para arrecadar dinheiro para a reconstrução da Notre-Dame.

Por lá também foi instalado o Grande Arco de La Défense, um quadradão com 112 metros de altura inaugurado em 1989, ano do bicentenário da Revolução Francesa. Ponto irresistível para selfies.

Além do polo financeiro, La Défense tem uma população de mais de 40 mil pessoas, ao contrário do que pensava Emily Cooper, a protagonista de "Emily em Paris".

"Eu não sabia que tinha gente morando em La Défense. Achei que tivesse só escritórios, salas de reunião", diz para o namorado Alfie, hospedado em La Défense, em episódio da segunda temporada. Emily bobinha.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.