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Sueco Sven-Goran Eriksson, ex-técnico da seleção da Inglaterra, morre aos 76 anos

Informação foi confirmada pelo seu agente Bob Gustavsson; técnico tinha câncer de pâncreas

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Estocolmo (Suécia) | AFP

O técnico sueco Sven Goran Eriksson, que foi treinador da seleção da Inglaterra de 2001 a 2006, morreu nesta segunda-feira, aos 76 anos, vítima de um câncer de pâncreas, anunciou seu agente, Bob Gustavsson.

"Ele faleceu em paz esta manhã, com sua família ao seu redor, em sua residência de Björkefors, perto de Sunne", afirmou o agente.

O técnico Sven-Goran Eriksson durante homenagem na Suécia
O técnico Sven-Goran Eriksson durante homenagem na Suécia - Kicki Nilsson - 1º.jun.24/AFP

Recentemente, Goran-Eriksson deu um entrevista em tom de despedida, na qual afirmou que teve uma boa vida e que "a vida também é sobre morrer".

"Tive uma boa vida. Acho que todos temos medo do momento da nossa morte, mas a vida também é sobre morrer", disse o lendário treinador para a produção do documentário "Sven", da Amazon Prime, sobre a vida do treinador sueco.

O profissional liderou a Inglaterra nas Copa do Mundo de 2002 e 2006, perdendo nas quartas de final em ambas as ocasiões. No Japão, a queda foi diante da seleção brasileira, com gols de Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.

Em fevereiro do ano passado, Eriksson deixou seu cargo no clube sueco Karlstad devido a problemas de saúde.

O ex-técnico de Manchester City, Roma, Benfica, entre outros clubes, revelou em janeiro deste ano que havia recebido o diagnóstico do câncer no pâncreas. Na época, ela afirmou que tem "apenas mais um ano de vida".

"Você precisa aprender aceitar a vida pelo que ela é. Tomara que no fim as pessoas digam 'ele era um bom homem', mas nem todos dirão isso. Espero que lembrem de mim como um cara positivo e que tentava fazer tudo que podia. Não se lamente, sorria. Obrigado por tudo, técnicos, jogadores, torcidas, foi fantástico. Cuidem de si mesmos e de suas vidas. E vivam", disse o sueco à produção do documentário.

Carreira

Eriksson começou sua carreira no Degerfors IF, da Suécia, antes de assumir o comando do Benfica em um período de grande sucesso entre 1982 e 1984.

Ele também conquistou títulos por AS Roma, Sampdoria e Lazio antes de se tornar o primeiro treinador estrangeiro da Inglaterra, em 2001.

Apesar de perder apenas cinco jogos oficiais, o tempo de Eriksson na Inglaterra foi uma montanha-russa, com algumas performances excelentes em campo acompanhadas de escândalos fora dele.

Sua equipe da Inglaterra foi considerada uma geração de ouro, com jogadores de destaque como David Beckham, Steven Gerrard, Frank Lampard e Wayne Rooney, mas não conseguiu conquistar nenhum grande título.

Além das duas quartas de final da Copa do Mundo, a Inglaterra também chegou às quartas de final da Eurocopa em 2004, com derrota nos pênaltis para Portugal.

O sueco ocupou as manchetes após um caso com Faria Alam, ex-secretária da FA (federação inglesa de futebol), foi pego na infame armadilha do "Fake Sheikh", quando o repórter de um jornal sensacionalista se passou por um rico investidor árabe.

Após deixar a Inglaterra, Eriksson teve uma longa carreira como técnico, principalmente na Itália (Roma, Fiorentina, Sampdoria e Lazio) e na Inglaterra (Manchester City e Leicester).

Ele também teve breves passagens pelo México (2008), Costa do Marfim (2010) e Filipinas (2018), embora nunca tenha se tornado técnico da seleção sueca.

Na reta final de sua carreira, comandou diversas equipes do Campeonato Chinês, além de outras experiências, seja como treinador ou diretor esportivo, nos Emirados Árabes Unidos e na Tailândia.

Ao anunciar sua doença, também admitiu o seu amor pelo Liverpool e a dor que sentiu por nunca ter treinado os 'Reds'.

O Liverpool então propôs que ele fizesse parte de seu 'staff' durante um jogo beneficente em homenagem à fundação do clube, disputada em março em Anfield e que foi uma das últimas aparições públicas de Eriksson.

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