Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Jovens atletas da periferia de SP participam da abertura das Olimpíadas

Jogadores e professores de rugby e golfe representarão ONG Hurra! na cerimônia em Paris nesta sexta-feira (26)

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Patos de Minas

Uma delegação da ONG Hurra! composta por jovens atletas e professores participará da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris nesta sexta-feira (26). Os seis adolescentes, jogadores de rugby e golfe, e dois professores são da periferia de São Paulo e fazem parte da instituição que promove inclusão social em comunidades vulneráveis por meio do esporte.

A convite da Sport dans la Ville, organização francesa sem fins lucrativos, o grupo viajou para Lyon na semana passada, onde participou do Festival 24 por quatro dias. O evento reuniu 500 jovens de mais de 30 países para atividades esportivas, oficinas e um programa educacional de intercâmbio cultural.

Em seguida, a delegação seguiu para a capital francesa à espera da cerimônia desta tarde. Nas duas cidades, os jovens também fizeram passeios por locais históricos.

Um grupo de oito jovens está posando para a foto em um evento relacionado ao rugby. Todos estão vestindo camisetas amarelas com o logo 'HURRA!' e um símbolo de paz. O fundo apresenta uma parede branca e banners do evento. Os jovens estão sorrindo e se apoiando uns nos outros, com uma variedade de estilos de calças e sapatos.
Oito atletas e professores da ONG Hurra! participam da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris e do Festival 24, em Lyon - Divulgação

Segundo Eduardo Pacheco, presidente da Hurra!, os atletas e professores foram escolhidos entre mais de 1.800 alunos por terem se destacado como voluntários em projetos e eventos da entidade.

"Olhamos para todos os alunos que têm compromisso e assiduidade. Aqueles que foram escolhidos apresentam um perfil de jovens líderes", explica.

Um deles é João Lucas Salvatore, 17, morador do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo. Atleta de alto rendimento, ele joga rugby desde os 9 anos e sonhar em integrar a seleção brasileira do esporte. Por ser um homem trans, enfrenta desafios na carreira esportiva.

"É um pouco difícil que as pessoas me vejam do jeito que eu gostaria, principalmente dentro do mundo do esporte. Por exemplo, não jogo rugby com o time masculino, mas sim com o feminino. Não vejo problema nisso, mas o ambiente acaba sendo diferente do que imagino, poderia ser mais confortável", relata.

Um jovem sorridente está posando para a foto, usando uma camiseta polo amarela com a inscrição 'HURRA!' e um logotipo dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Ele segura uma bola colorida com padrões em vermelho, azul e branco. Ao fundo, há folhas verdes que decoram a parede. O jovem também usa um colar prateado e uma pulseira vermelha.
O atleta de rugby João Lucas Salvatore - Divulgação

Outro membro da delegação é Dominick Gomes, 21, professora de rugby na Hurra! e árbitra da Federação Paulista de Rugby. Da Zona Leste da capital paulista, a jovem inicialmente apenas assistia às aulas da organização, quando tinha 12 anos. Mais tarde, descobriu a paixão pela arbitragem.

A viagem à França tem sido uma experiência marcante, diz ela, que já participou de curso intensivo de inglês, espanhol e francês [no Festival 24] e fez amizades com pessoas de vários países. "Espero levar o conhecimento que estou tendo aqui para o Brasil, tudo o que aprendi sobre diferentes culturas e também as amizades que fiz", afirma.

Uma mulher sorridente está em pé, segurando uma bola de rugby. Ela usa uma camisa polo azul com a palavra 'HURRA!' em amarelo. O fundo é uma parede de tijolos expostos, e há uma moldura com frutas ao lado. A mulher tem cabelo longo e liso, e está usando uma blusa de manga longa preta por baixo da camisa polo.
A árbitra de rugby Dominick Gomes - Divulgação

Além de construir uma carreira internacional, Dominick sonha em se tornar coordenadora da ONG que atende atualmente mais de 3.000 alunos da rede pública, possibilitando que pratiquem esportes duas ou mais vezes por semana.

Não é preciso ser atleta para integrar o projeto. "Trabalhamos com voluntários, que muitas vezes são os próprios alunos. Temos uma escola de arbitragem para quem não tem habilidade ou interesse em jogar, mas quer participar daquele grupo mesmo assim", diz Pacheco, que foi finalista do Prêmio Empreendedor Social de Futuro em 2011.

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