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Polícia
estuda fornecer ranking de criminalidade nos bairros
Uma proposta
em estudo na Secretaria de Segurança quer informar, periodicamente,
aos moradores da região metropolitana de São Paulo, onde é
mais seguro viver, fornecendo o ranking da criminalidade por
bairro.
Melhor dizendo, em se tratando de São Paulo, onde é menos
inseguro se viver. A idéia é fornecer aos moradores dados
para que avaliem como vai a situação de sua região, levando
em conta roubos, furtos e assassinatos. Desmonta-se, assim,
a imprecisão da média.
O cidadão, movido a pânico, é desinformado, ignorante sobre
a criminalidade, justamente porque recebe apenas as médias
da cidade como um todo. Como elas, no geral, crescem, não
podem analisar o que acontece ao seu redor.
Já existem dados disponíveis que mostram que a média pouco
informa aos cidadãos, apavorados com o índice de criminalidade.
Esta coluna obteve com exclusividade o mapa do roubo na cidade
de São Paulo. Ali se vê, por exemplo, que o distrito de Ibirapuera
é um dos campeões de roubo no município.
Para uma população de 37 mil pessoas, ocorreram, ano passado,
2031 roubos _ o que, estatisticamente, significa a proporção
de 5.355 para 100 mil habitantes. Ou seja, um absurdo. Ali
também, segundo dados oficiais, é alta a taxa de assassinatos.
Como a marca da região é o parque, marcado com certo bucolismo,
poucos diriam que aquele pedaço tem graus de violência que
se comparam à periferia.
Outras localidades, porém, mostram-se, comparativamente, pacatas
tanto em roubos quanto em assassinatos.
Esse tipo de detalhamento ajudou a polícia de Nova York a
reduzir as taxas de criminalidade, já que poderia saber, com
mais precisão, onde a situação era pior.
Com um sistema sofisticado de coleta de dados, pode-se medir,
bairro a bairro, rua a rua, onde a situação era pior e, com
isso, traçar uma ofensiva mais concentrada nas piores regiões.
Veja as tabelas de roubos
e de homicídios por bairro de
São Paulo.
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