Instituto
Ethos lança manual para valorizar as diferenças
Ter uma equipe
de funcionários heterogêneos, com representantes de
diferentes grupos da comunidade - portadores de deficiências,
grupos étnicos, homens e mulheres - pode ser uma boa maneira
de melhorar as relações internas de uma empresa, além
de fortalecer sua imagem.
É o que
afirma a mais nova publicação do Instituto
Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Lançado
em setembro, o manual "Como as Empresas Podem (e devem) Valorizar
a Diversidade" aponta como um benefício para o empresariado
fazer com que sua instituição se pareça com
a sociedade.
O manual traz
dicas dos processos necessários para a instalação
da política social para a contratação de funcionários.
Capítulos como "ética e competitividade",
"discriminação racial" e "subordinação
de mulheres" introduzem a dificuldade que alguns segmentos
da sociedade encontram para a inserção no trabalho.
Além
disso, a publicação possui uma lista de experiências
de empresas que estão obtendo êxito com a proposta.
A White Martins, que fabrica gases industriais, por exemplo, aplica
esse tipo de política social desde 1975, quando criou o Programa
de Integração de Pessoas de Deficiência. O objetivo
da empreitada é oferecer oportunidades de trabalho e integração
social aos portadores de deficiências sensoriais, físicas
e mentais. Para viabilizá-lo a empresa assinou convênios
com entidades assistenciais.
A contratação
de deficientes incorporou-se ao departamento de recursos humanos
e a empresa saiu lucrando com a iniciativa. "É uma mão-de-obra
de qualidade e com bons rendimentos. O maior benefício, no
entanto, é que os funcionários passaram a conviver
com a diversidade e passaram a se acostumar com pessoas que possuem
necessidades diferentes", disse João Ricardo Cavalcanti,
diretor de recursos humanos da White Martins.
Também
foi criado um programa de estágios, que já atendeu
1.200 pessoas, com duração de um ano - cada estagiário
com deficiência mental ou física recebe um salário
mínimo e benefícios (assistência médica
e odontológica, seguro de vida, alimentação,
vale-transporte, entre outros). "O programa atende jovens que
freqüentam instituições assistenciais, mas que
não contam com uma experiência profissional. Aqui a
maioria ocupa cargos de auxiliar administrativo e passam por programas
de qualificação oferecidos pela empresa", contou
Fátima Gomes, supervisora de programas sociais.
Segundo ela,
a White Martins encaminha os estagiários para outras empresas
e outros passam a fazer parte da equipe de funcionários.
(Raquel Souza)
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