ONU
destaca prioridades para o próximo século
Miguel Vieliczko
Equipe GD
Promover a democracia
inclusiva, a erradicação da pobreza e a extensão
das responsabilidades centradas no Estado para organizações
multilaterais, corporações e instituições
financeiras internacionais.
São alguns
dos principais pontos da agenda das Nações Unidas
para o século XXI, de acordo com Sakiko Fukuda-Parr, diretora
do Programa de Desenvolvimento Humano da instituição,
em palestra no último dia 21, na Fundação Getúlio
Vargas (São Paulo).
"O século
XX foi marcado pela transição democrática de
pelo menos 100 países. Mas essas democracias ainda estão
frágeis", afirmou. Segundo ela, para que os direitos
e o desenvolvimento humanos possam evoluir, é preciso estimular
cada vez mais a participação direta de ONGs e de uma
mídia livre e transparente na sociedade.
As Nações
Unidas, de acordo com Sakiko, devem se esforçar para que
a superação da pobreza não seja mais tratada
como meta de desenvolvimento, e sim como direito dos cidadãos.
A diretora da
ONU chamou atenção ainda para a necessidade de se
criar uma responsabilidade global sobre os acordos comerciais internacionais.
"Esses acordos podem trazer riquezas para os países,
mas podem também criar problemas para os direitos humanos",
disse. Sakiko entende que a responsabilidade deve ser estendida
do Estado para as demais corporações e instituições.
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