Indústria alavanca crescimento do emprego formal

Miguel Vieliczko
Equipe GD

O nível do emprego formal no Brasil elevou-se 0,6% no mês de abril em relação a março, criando 125.071 novos postos de trabalho. Esse foi o mais alto índice, relativo a esse mês, já registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged). No primeiro trimestre do ano foram abertos 284.391 postos de trabalho.

A alta, segundo Vera Alves, coordenadora geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, não se deve a fatores conjunturais, mas a uma recuperação macroeconômica que está em curso desde abril do ano passado. "As melhorias vêm acontecendo principalmente a partir das mudanças nos juros e na taxa de câmbio e de incentivos do governo", afirma. "O carro chefe da recuperação é a indústria de transformação (setor produtivo) que abriu 31.260 novos empregos no mês", afirma.

O aumento aconteceu de forma generalizada em todas as áreas metropolitanas do país (0,61% de aumento médio). A região que mais se destacou foi o Centro-Oeste, com uma taxa de 1,03%, impulsionada pela safra agrícola. O Nordeste, foi o único que ficou praticamente estável, apresentando um saldo negativo de 0,01%.

Segundo ela, não é possível prever se o aumento dos juros nos EUA afetará a recuperação do emprego de carteira assinada do Brasil. "Espero que isso não nos atinja. Se não passarmos por nenhuma crise a tendência é que o emprego formal continue a crescer no próximos meses", conclui.

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