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Brasil
defende proteção à maternidade na OIT
O Brasil não
aceitará retrocessos em relação à licença-maternidade na Convenção
103 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que começou
hoje e vai até 15 de junho em Genebra (Suíça).
Movimentos de defesa dos direitos da mulher temem que a convenção
reduza conquistas como a garantia de 12 semanas de licença-maternidade,
remuneração no valor de dois terços do salário e estabilidade durante
a licença.
A diminuição dos benefícios contraria as conclusões de uma recente
pesquisa divulgada pelo National Bureau of Economic Research dos
Estados Unidos, de que a presença da mãe é essencial nos três primeiros
anos de vida dos filhos. O estudo sugere que os pais tenham direito
a uma licença-maternidade maior e que possam trabalhar meio período
sem serem prejudicados.
A legislação brasileira é considerada avançada - garante 17 semanas
de licença, salário integral e estabilidade à mulher. O ministro
do Trabalho, Francisco Dornelles, afirmou que, se houver retrocesso
na OIT, as trabalhadoras do Brasil não têm o que temer.
Do lado das empresas brasileiras, o preconceito contra as grávidas
começa a se dissipar. Executivas qualificadas vêm sendo contratadas
mesmo durante a gravidez, mostrando que as companhias estão mais
preocupadas em garantir talentos em seus quadros do que fugir dos
benefícios da maternidade.
Leia mais:
- Direito
das mulheres pode ter retrocesso (O Estado de S.Paulo - 03/05/00)
- Preconceito
é superado e mercado contrata grávidas (Valor - 30/05/00)
- Trabalho
da mãe afeta os filhos, diz pesquisa (Valor - 16/05/00)
- A mulher trabalhadora é
o negro de saias (Gilberto Dimenstein)
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