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Dia 05.06.00 às 17h09
 

 

Jovem trabalha em condições precárias e teme desemprego

Cristina Mori
Equipe GD

O jovem brasileiro trabalha muito, ganha mal, atua na informalidade e está preocupado com o desemprego. As constatações são da pesquisa "Juventude: Cultura e Cidadania", realizada pela Fundação Perseu Abramo, instituição ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Entre os entrevistados, jovens de 15 a 24 anos residentes em nove capitais brasileiras, 36% estavam trabalhando e 42% procuravam emprego em novembro do ano passado.

Dos que trabalhavam ou já haviam trabalhado, 32% cumpriam jornada superior a oito horas por dia, 59% estavam em atividades informais e 26% recebiam até um salário mínimo como remuneração (27% recebiam entre um e dois salários mínimos).

De acordo com o professor de economia da Unicamp Márcio Pochmann, a alta taxa de desemprego da atualidade é a grande responsável pela precariedade da ocupação jovem. "Com o excedente de mão-de-obra, os adultos passam a concorrer pelos postos que eram portas de entrada para o jovem", afirma.

Nos anos 90, segundo Pochmann, o Brasil perdeu 3,2 milhões de postos de trabalho, sendo que 2 milhões deles eram ocupados por pessoas até 24 anos.

O desemprego é considerado o maior problema do Brasil na opinião de 47% dos entrevistados. O emprego é também o tema de maior interesse para o jovem (37% das respostas espontâneas), principalmente a falta dele (29%). A educação aparece em segundo lugar, com 30%.

A preocupação procede. Segundo Pochmann, o excesso de mão-de-obra levou os empregadores a concentrar as vagas para candidatos na faixa que vai dos 24 aos 40 anos. As extremidades -mais jovens e mais velhos - tendem a ficar marginalizadas no mercado de trabalho.

Leia mais:
- Pesquisa "Juventude: Cultura e Cidadania" (Fundação Perseu Abramo)
- Desemprego piora distribuição de renda e incha a PEA

- FHC defende emprego para jovem


Mulher jovem é mais discriminada

Cristina Mori
Equipe GD

As condições de trabalho precárias são ainda piores para as mulheres de 15 a 24 anos. De acordo com a pesquisa "Juventude: Cultura e Cidadania", realizada pela Fundação Perseu Abramo, 47% delas estavam à procura de emprego, contra 36% dos homens.

A remuneração feminina, como em todo o mercado de trabalho brasileiro, também é menor: 32% delas recebiam até um salário mínimo, contra 21% dos homens. Estavam na faixa acima de dois salários mínimos 50% dos homens e 35% das mulheres.

Leia mais:
- Mulher conquista vagas, mas com salário desigual
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