Ética
dentro das empresas pode melhorar, indica pesquisa
Cristina
Mori
Equipe GD
O clima ético nas empresas brasileiras está em evolução,
mas ainda é considerado médio pelos próprios
funcionários. É o que indica uma pesquisa desenvolvida
junto a 20 companhias da indústria brasileira pela professora
e pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP),
Maria Cecília Coutinho de Arruda.
A professora
adiantou alguns resultados de seus estudos em sua participação
na Conferência Nacional 2000 Empresas e Responsabilidade Social,
realizada pelo Instituto Ethos, em São Paulo.
Pesquisas do
consultor Frank Navran, do Ethics Resource Center de Washington,
D.C. (EUA), inspiraram Maria Cecília a desenvolver, juntamente
com o americano, um questionário específico para medir
o clima ético nas empresas brasileiras.
O retorno de
55% a 60% de questionários respondidos por pelo menos 50
funcionários dos mais variados níveis hierárquicos
e perfis de cada companhia foi considerado muito bom pela professora.
A idéia
de Maria Cecília é elaborar um painel de resultados,
para que cada empresa avalie sua performance em relação
à média de seu setor. Os questionários serão
aplicados de dois em dois anos, tornando possível analisar
a evolução em cada companhia e no geral.
Nas empresas
avaliadas até o momento, a pesquisa desencadeou discussões
e uma proliferação de programas sobre ética,
segundo a professora.
"A percepção
da ética está melhorando no Brasil", disse. "Nosso
modo de operar é lento e gradual", afirmou Maria Cecília,
ressaltando que este um bom aspecto na construção
da ética brasileira. "É preciso convidar a ser
ético, não impor", salientou.
Leia
mais:
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- Centro de Estudos de Ética nos Negócios (FGV-SP)
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