Federais
precisam oferecer mais vagas noturnas
Cristina
Mori
Equipe GD
O aumento de
vagas em cursos noturnos nas universidades federais deve ser muito
maior para permitir que os estudantes que trabalham consigam diploma
superior.
Apesar da lei determinar que a responsabilidade pelo ensino superior
é do governo federal, quem trabalha acaba tendo que pagar para estudar,
pois a oferta de cursos à noite no ensino público é baixa.
Dados do Censo da Educação Superior 1999 mostram que 77,6% das matrículas
nas noturnas estão nas instituições privadas, totalizando 1,03 milhão
de alunos.
As universidades estaduais concentram 10,6% das matrículas noturnas
do país, ou 140 mil estudantes. Já as federais - que deveriam oferecer
o maior número de vagas - abrigam somente 7,1% das matrículas no
período noturno (95 mil alunos).
O restante das vagas noturnas, 62 mil, está em instituições municipais,
correspondendo a 4,7% do total.
O Ministério da Educação comemorou o fato das federais terem registrado
um aumento de 15,4% no número de vagas noturnas em 1999. Mas ainda
é pouco.
A demanda por vagas à noite deve aumentar, porque o número de matrículas
no ensino médio vem crescendo.Já no ano passado, 54,5% destes alunos
estudavam no período noturno, e podem ter que desistir da faculdade
para trabalhar.
Leia
mais:
-
Ensino superior está mais acessível para
quem trabalha
- Cuidado com a manipulação
dos dados do censo (Gilberto Dimenstein)
- Ensino
superior cresce mais nas universidades estaduais que nas federais
(Gilmar Piolla)
- 94,7% dos jovens brasileiros estão
na escola, diz IBGE
|
|
|
Subir
![](../images/sobe.gif) |
|
|