Envolvimento
é mais produtivo que doações, conclui empresário
Hellen Santos
Especial para o GD
Uma das grandes preocupações de empresas atuantes socialmente é
como avaliar os efeitos dos programas postos em prática.
Beatriz Kotlhar, das Organizações Globo, apresentou o projeto Amigos
da Escola que implantou um sistema de integração entre a comunidade
e as escolas que já atua em 23 mil instituições públicas de todo
o país. "O objetivo é a melhoria da escola e do desempenho dos alunos
através do envolvimento comunitário", explicou Beatriz.
Nesse sentido, o programa, que integra o projeto Brasil 500 anos,
utilizou duas frentes de trabalho: o estímulo à escola e a mobilização
de voluntários. Uma pesquisa realizada no começo do ano constatou
que 1/3 das escolas que aderiram ao trabalho haviam iniciado a implantação
de projetos, e que 78% dos envolvidos já perceberam uma mudança
na postura do aluno, da escola e da comunidade.
O segundo projeto apresentado foi o da J. Pessoa Participações.
José Pessoa de Queiroz Bisneto, presidente do grupo José Pessoa,
afirmou que o projeto de alfabetização da comunidade ao redor dos
diversos núcleos da empresa, produtora de cana-de-açúcar e álcool,
atingiu resultados muito animadores. O programa conseguiu erradicar
o analfabetismo entre seus funcionários e moradores da comunidade.
Em 2002, segundo Pessoa, todos os participantes da iniciativa terão
concluído o ensino médio. O envolvimento dos trabalhadores aumentou,
e a empresa tem crescido cerca de 15% ao ano. "O envolvimento com
um projeto é, muitas vezes, mais eficiente que a simples doação",
conclui Pessoa.
Leia mais:
- Amigos
da Escola
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