Empresários
devem profissionalizar ações sociais
Raquel Souza
Especial para o GD
"O setor empresarial deve profissionalizar suas ações sociais, se
não, em breve, receberá as críticas que hoje estão relacionadas
ao serviço público", disse Marcos Kisil, do Instituto para o Desenvolvimento
do Investimento Social (IDIS), durante a Conferência Nacional 2000
Empresas e Responsabilidade Social, realizada pelo Instituto Ethos.
Kisil divulgou os dados preliminares de uma pesquisa desenvolvida
pelo IDIS, que aponta para alguns problemas da filantropia no Brasil,
tais como: distribuição casuística de doações, falta de prioridades
de atuação, de avaliação e de controle do que se investe, entre
outros.
Para ele, as empresas "enterram" dinheiro sem fazer uma estratégia
de planejamento. "Suponhamos o investimento em uma creche: num ano
se constrói uma porção de muros, no outro duplica o espaço construído,
no seguinte compra-se material; cinco anos são perdidos sem que
as crianças efetivamente usem o espaço," disse.
No que diz respeito aos novos empresários e administradores, Kisil
mostrou-se bastante otimista: "Os novos administradores, por exemplo,
estão saindo das universidades com novas características de atuação
e vocabulário mais ligado ao terceiro setor".
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