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Gilberto Dimenstein
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  12 de setembro
  É óbvio que Marta torce por Maluf
 

Ao entrar abertamente na campanha eleitoral, o governador Mário Covas disse, em tom de acusação, que Marta Suplicy, candidata preferida à prefeitura, torce para que Paulo Maluf ganha votos e chegue ao segundo turno.

Marta reagiu, irritada, alegando que não torce para Maluf. Tanto faz, argumentou, quem vai para a reta final. "Vou vencer de qualquer um", desdenhou. Não confere.

A cúpula do PT comenta nas suas conversas reservadas algo que só dá mesmo para combater reservadamente. Se não dá para ganhar no primeiro turno ( e tudo indica que não vai dar) o "melhor" rival seria Paulo Maluf.

É um de uma obviedade gritante. Paulo Maluf está desgastado com a gestão de Celso Pitta, carrega o peso dos desmandos da cidade.

Numa reta final, os segmentos de esquerda e centro-esquerda, aliados com os mais conversadores decepcionados com o ex-prefeito ou avessos antigos ao malufismo, tenderiam, naturalmente, a apoiar o PT.

Dificilmente, Geraldo Alckmin e Luiza Erundina deixariam de apoiar Marta, mesmo que a contragosto. Do mesmo jeito que, nas eleições passadas de governador, ela apoiou Covas, apesar de ter sido traída com a manipulação das pesquisas.

A briga já seria, porém, mais difícil com Alckimin ou Erundina, ambos capazes de atrair um segmento do eleitorado mais conservador, além daquele segmento que se intitula centro-esquerda.

No caso de Alckmin que teve um rápido crescimento e ainda desfruta de imagem positiva e baixa rejeição, haveria a influência da máquina estadual e estadual.

A crítica de Mário Covas procede, mas também se voltaria contra o PSDB. Se Alckmin estivesse na liderança da disputa, e Marta estivesse ameaçando chegar ao segundo turno, os tucanos, em peso, iriam torcer por Paulo Maluf.

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