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Tudo
de novo. Até parece plágio. É quase certo que
de um lado do palco estará o torneiro mecânico. Aguarda-se
com alguma expectativa a definição da personagem que
entrará em cena para, beneficiando-se da rejeição
ao torneiro, conquistar a mão da República.
Se
as cortinas se abrissem hoje, o novo anti-torneiro lembraria aquelle
ator expulso de cena anos atrás. É jovem, governou um
Estado nordestino, tem o pavio curto e cavalga uma legenda nanica.
A diferença é que jamais surrupiou a prataria dos cenários
que frequentou.
Aliás,
é possível que o ladrão volte, elle próprio,
ao palco. Desempenharia o papel de sempre: cara-de-pau. Aposta que
a platéia já não se lembra do vexame que protagonizou
anos atrás. E ameaça roubar (ops!) novamente a cena.
Difícil,
de resto, prever que papel terá o Sartre de outrora. Nas duas
últimas encenações foi o algoz do torneiro. Mas
perdeu a fisionomia de príncipe. Hoje, tem aparência
de sapo. Ainda percorre a coxia, tentando cavar papel de destaque
na remontagem da trama.
Antes,
terá de lembrar do que escreveu e começar a ler o que
assina. Do contrário, acabará mesmo como figurante.
Ou, por outra, terminará na pele de um Sarney.
Na
hora que vier à boca do palco para dizer meu apoio irá
para... será arrancado de cena. Na dúvida, não
haverá quem se disponha a correr o risco de permitir que conclua
a frase.
Atravessa-se
a quadra mais divertida da montagem do espetáculo: a marcação
de cena. Aos que gostam de adivinhar o final, uma dica: convém
grudar os olhos no ACM. Onde estiver o PFL estará o herói
do último ato. É assim desde Pedro Álvares Cabral.
Leia colunas anteriores
1º/08/2000 - A
última do Pitta
25/07/2000 - Diálogos brasilienses
18/07/2000 - Múltipla
escolha
11/07/2000 - Masturbação,
Aids e uma defesa de Deus
04/07/2000 - Entre
a moda e o prato de sopa
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