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  8 de agosto
  Monotonia
  Tudo de novo. Até parece plágio. É quase certo que de um lado do palco estará o torneiro mecânico. Aguarda-se com alguma expectativa a definição da personagem que entrará em cena para, beneficiando-se da rejeição ao torneiro, conquistar a mão da República.
Se as cortinas se abrissem hoje, o novo anti-torneiro lembraria aquelle ator expulso de cena anos atrás. É jovem, governou um Estado nordestino, tem o pavio curto e cavalga uma legenda nanica. A diferença é que jamais surrupiou a prataria dos cenários que frequentou.
Aliás, é possível que o ladrão volte, elle próprio, ao palco. Desempenharia o papel de sempre: cara-de-pau. Aposta que a platéia já não se lembra do vexame que protagonizou anos atrás. E ameaça roubar (ops!) novamente a cena.
Difícil, de resto, prever que papel terá o Sartre de outrora. Nas duas últimas encenações foi o algoz do torneiro. Mas perdeu a fisionomia de príncipe. Hoje, tem aparência de sapo. Ainda percorre a coxia, tentando cavar papel de destaque na remontagem da trama.
Antes, terá de lembrar do que escreveu e começar a ler o que assina. Do contrário, acabará mesmo como figurante. Ou, por outra, terminará na pele de um Sarney.
Na hora que vier à boca do palco para dizer “meu apoio irá para...” será arrancado de cena. Na dúvida, não haverá quem se disponha a correr o risco de permitir que conclua a frase.
Atravessa-se a quadra mais divertida da montagem do espetáculo: a marcação de cena. Aos que gostam de adivinhar o final, uma dica: convém grudar os olhos no ACM. Onde estiver o PFL estará o herói do último ato. É assim desde Pedro Álvares Cabral.

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