Assistir aos jogos também oferece momentos de humor
Esta história de Olimpíada com 14 horas de fuso horário deixa todo mundo meio confuso por aqui.
Gente que fica sem dormir, gente que tenta saber o que aconteceu na madrugada durante todo o dia posterior, telejornais que informam mas não detalham nada.
Estou achando tudo muito chato.
Mas há momentos em que compensa o esforço de um pouco de atenção.
Foi o caso do grande besteirol cometido pelos organizadores (?) da prova de ginástica olímpica, que expôs as elétricas meninas a um ridículo atroz.
Os homens da terra do canguru simplesmente colocaram aquele aparelho chamado cavalo nada menos que cinco centímetros abaixo do normal. Ou seja, numa prova de precisão milimétrica, cometeram um erro quilométrico.
O que se viu foi um festival de tombos e bordoadas dignos de uma videocassetada. Com a diferença de que, ali, tratava-se da competição teoricamente mais séria do mundo.
Pior que isso foi a juíza portuguesa não ter entendido que a técnica da brasileira Daniele Hypólito disse que, sim, queria que sua pupila usufruísse da nova chance oferecida aos que se sentiram prejudicados. Acontece que a tal técnica fala russo e ninguém entendeu ninguém...
Conclusão, a menina ficou de fora da final.
Momentos constrangedores também acontecem nas transmissões das provas mais longas ou sequenciais, como os 1.500 metros de nado livre ou salto ornamental.
No primeiro caso, depois de 5 minutos de uma competição que dura monótonos 14 minutos, a comentarista da TV não tinha mais absolutamente nada a dizer. O narrador tentava arrumar assunto, mas a conversa não ia e caiu no picaresco terreno da abobrinha.
A mesma coisa ocorreu com os saltos ornamentais: a partir do terceiro participante, como não acontecia nada de anormal _alguém cair fora da piscina ou se esborrachar no trampolim_, a comentarista fui indo, foi indo e afundou.
P.S. - Essa coluna já estava no ar quando fiquei sabendo do grande jogo da Seleção Brasileira contra a temível esquadra de Camarões. Único comentário possível: medalha de ouro do Besteirol para o tomara que ex-técnico Luxemburgo.
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O besteirol olímpico, no entanto, não nos privará da sessão semanal de Besteirol da Internet. Ao contrário, o ânimo dos atletas de Sydney nos estimulam ainda mais no nosso processo de seleção. Portanto, aí vão oito sugestões. Clique na palavra assinalada para ver:
Como é
fácil falar alemão, um teste de auto-análise,
o insólito
amor proibido, a
garotinha que um dia vai integrar um grupo de pagode
ou axé. Na Guerra dos Sexos,
a visão masculina e a visão
feminina. Conheça a história da menina
e do sapo e veja só a vingança
do pneu contra o cachorro.
Divirta-se e mande o seu besteirol.
Leia coluna anterior
16/09/2000 - Itamar engrandece o besteirol nacional
09/09/2000 - Você quer
uma democracia ditatorial?
02/09/2000 - Horário
eleitoral faz mal
26/08/2000 - Você
viu o Lalau por aí? Eu vi!
19/08/2000
- Brasileiros,
temei: a Bolívia vem aí!