"Por que a NBA não enxuga seu torneio? É evidente que
não são necessários cinco meses para definir os times
dos playoffs..."
(Amarildo Estevão, Cabo Frio)
Todo ano a liga realiza uma competição extenuante
para os atletas e para os fãs. São mais de 1.100
partidas com o único objetivo de eliminar 13 dos 29
times, sendo que, devido ao desequilíbrio técnico, se
sabe de antemão que quase 10 não têm chances de
sobreviver. A NBA dizia que essa maratona era uma
resposta à demanda do torcedor. Mas o decréscimo do
público, nos ginásios e na TV, desmontou o argumento
oficial. E expôs o verdadeiro motivo do calendário
extenso e da presença de equipes ruins: eles são um bom
negócio.
Veja o caso do Chicago Bulls. Hexacampeão nos anos 90, o
time hoje é uma piada. Seus dirigentes, no entanto,
estão longe de estressar. Com a menor folha de
pagamentos da liga _só pernas-de-pau na quadra_, o clube
encheu os cofres. Segundo a revista "Forbes", arrecadou
US$ 67 milhões e conseguiu um lucro de US$ 20,4 milhões
no campeonato 98/99.
"Há alguma perspectiva de reação do basquete paulista?"
(M. Abruccio, São Paulo)
Não. Estamos em ano eleitoral, embalado pela
recuperação econômica, e mesmo assim o desempenho do
interior paulista foi sofrível no Nacional-00 (pela
primeira vez, as finais não tiveram um representante do
Estado). Que dirá, então, no ano que vem, quando se
espera um refluxo da economia e, portanto, dos
patrocinadores?
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