Descrição de chapéu Todo mundo lê junto

Crianças pensam sobre como surgiu o 12 de outubro e falam de presentes e comemoração

Deus e Papai Noel são alguns dos palpites a respeito do 'inventor' do Dia das Crianças

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Ilustração bem colorida, mostra menininha no centro de um planeta, saltando sorrindo, enquanto segura um sorvete. Ao seu lado, diversos brinquedos, guloseimas e pets flutuam com ela

Carolina Daffara

São Paulo

“Acho que quem inventou foi um gênio, nossa, merece um prêmio essa pessoa!”, responde rápido a Maria Júlia, de 13 anos, leitora da Folhinha, quando perguntam se ela conhece a origem do Dia das Crianças. “Acho que foram os adultos que inventaram esse dia”, opina Nina, 6 anos, sobre essa mesma questão.

Para Luiza, 3, foi o Papai Noel quem criou a data, enquanto Laura, 6, acha que foi uma ideia de Deus lançar esse dia comemorativo. Os irmãos Gabriel e Pedro também refletiram a esse respeito.

“Acho que ninguém inventou, isso foi acontecendo ao longo do tempo, as pessoas foram percebendo que não tinha o Dia das Crianças, daí um monte de gente foi pensando, crianças foram pensando, aí começaram a valorizar o Dia das Crianças criando ele”, arrisca Gabriel, 13 anos.

“Acho que decidiram inventar isso porque tava tendo muita criança. Não acho que alguém sozinho inventou, não sei quem criou, pode ter sido uma lenda. É, acho que foi uma lenda”, completa Pedro, 11.

Pois a Folhinha também é cultura e ajuda com a resposta: houve, sim, uma pessoa responsável por criar o Dia das Crianças brasileiro, e o nome dele era Galdino do Valle Filho.

Carioca, médico, ele nasceu em 1879. Trabalhando como deputado federal —cargo dos políticos responsáveis por pensar as leis—, ele teve a ideia de determinar que sempre em 12 de outubro se celebrassem as crianças.

Não são todos os países que comemoram o Dia das Crianças, mas, nos que adotaram essa data, ela varia bastante no calendário. Aqui, ela coincide com um feriado religioso, o Dia de Nossa Senhora Aparecida.

Maria Júlia acha que essa foi uma boa ideia do deputado Galdino. “Porque existe o Dia dos Pais e o Dia das Mães, existe o Dia dos Professores e também deveria existir Dia das Crianças. Tem que ter esse dia, meus amores, senão a regra não é justa”, diz.

Manuela, de 12 anos, vai na mesma linha e também fala em “injustiça”, caso houvesse dias para variados tipos de adultos e nenhum para os pequenos. Já para Laura, é importante ter essa data reservada exclusivamente para ganhar presentes e se divertir.

Luiza também faz um belo resumo: “É pra passear com a mamãe e com o papai, e pra faltar na escola”, entende. “Acho importante comemorar porque não é o dia do adulto. E nesse dia o papai não trabalha e passeia comigo muito, muito, muito.”

“Acho importante comemorar todo ano pra dar uma oportunidade pras crianças, como se fosse mais um aniversário, mas não necessariamente tendo que dar presente”, avalia Gabriel.

Para ele, o legal no 12 de outubro é celebrar. “Eu gosto de comemorar com a minha família que nem eu faço em outras datas comemorativas”, compara. Maria Júlia concorda, e lembra que, aqui no Brasil, são muitos dias de celebração, “inclusive o Dia da Independência”.

“Acho importante comemorar porque a gente merece um pouco de felicidade nessa vida, e ser criança tá no lucro”, opina Manuela. Como ela já é praticamente uma adolescente, às vezes acontece de pensar sobre como será daqui a algum tempo.

“Eu ainda ganho presente, não tô preparada pro ‘dia do nunca mais’ chegar. Eu gosto de comemorar essa data brincando, encontrando os amigos, me divertindo, ganhando presente, aproveitando.”

Pedro considera importante, sim, celebrar —mas com moderação. “Eu acho que as crianças já ganham muitos e muitos privilégios. Se os adultos ganhassem tudo que as crianças ganham, a vida seria muito mais feliz, mas não é assim que as coisas funcionam”, reflete.

Ele dá uma ideia do que fazer nesse 12 de outubro. “Não é todo dia que você dá presente para a sua mãe ou para o seu pai, então acho que não é muito importante, mas é legal. Podemos comemorar como comemoramos todos os outros dias, o das mães, o dos pais, falando um “feliz dia” e dando um cartão.”

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