Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Ursinho, salsicha e até gota de aço já foram mascotes dos Jogos Olímpicos

Na edição de 2024 em Paris, representantes são gorrinhos vermelhos populares na França como símbolo de liberdade

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São Paulo

Pode até parecer que as mascotes estão ali nos Jogos Olímpicos só para dar tchauzinho e sair nas fotos, mas elas têm um trabalho muito importante. Elas são parte fundamental das Olimpíadas porque ajudam a transmitir aos atletas e ao público que acompanha os valores envolvidos em uma competição como esta —coragem, persistência e graça são alguns deles.

Quando uma cidade escolhe a mascote que vai representar sua edição, ela pensa em uma figura que carregue essas qualidades, e que também represente de alguma forma a história e a cultura daquele lugar. Conheça abaixo algumas das mascotes olímpicas mais famosas da história.


Waldi (Munique, Alemanha, 1972)

O cachorrinho da raça dachshund, popularmente conhecida como "salsicha", foi a primeira mascote oficial criada para uma edição dos Jogos Olímpicos de Verão. Ele foi modelado a partir de um cachorro de verdade chamado Cherie von Birkenhof, e a ideia de colocar um salsicha como símbolo de uma Olimpíada veio porque se queria algo ou alguém que representasse a resistência e a agilidade necessárias a todos os atletas, e salsichinhas costumam ter essas qualidades.

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Waldi, da edição de 1972 - Divulgação

Amik (Montreal, Canadá, 1976)

Os castores são animais nativos do Canadá, país onde os Jogos Olímpicos daquele ano aconteceram. Daí que se escolheu uma versão estilizada de um destes bichos fofos para simbolizar a edição de 1976, dando a ele o nome Amik —na linguagem indígena nativa Anishinaabe, "amik" significa "castor".

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Amik, da edição 1976 - Divulgação

Misha (Moscou, União Soviética, 1980)

Uma das mascotes mais lembradas de todos os Jogos Olímpicos, o ursinho Misha tinha esse nome porque ele é um apelido frequente ao nome Mikhail, a versão em russo de Michael e Miguel. O ilustrador soviético Victor Tchijikov, famoso por desenhar livros para crianças, levou seis meses para desenvolver Misha. Um momento marcou a história do ursinho: no encerramento dos Jogos, um mosaico de placas simulou o choro de Misha, emocionando espectadores em todo o mundo.

Desenho de um urso marrom com cinto feito dos arcos olímpicos
Misha, da edição de 1980 - Divulgação

Sam (Los Angeles, Estados Unidos, 1984)

A águia-de-cabeça-branca é a ave símbolo dos Estados Unidos. Por isso, Sam, que tinha esse nome em homenagem ao famoso Tio Sam, foi escolhido para representar a edição americana dos Jogos Olímpicos. Bob Moore, que trabalhava na Disney e havia feito grandes animações como "Dumbo", é o criador de Sam.

Sam, da edição de 1984 - Divulgação

Hodori (Seul, Coréia do Sul, 1988)

Hodori era um tigrinho fofo e nada assustador, que usava um colar de fita de medalha com pingente de anéis olímpicos. Em coreano, "ho" significa "tigre", e "dori" é a forma como os menininhos pequenos são chamados.

Hodori, da edição 1988 - Divulgação

Cobi (Barcelona, Espanha, 1992)

O cachorro Cobi nasceu cheio de referências às artes. Ele foi desenhado em estilo cubista –o movimento cubista surgiu no começo dos anos 1900 nas artes plásticas, e tinha como um dos fundadores o pintor espanhol Pablo Picasso. Junto do ursinho Misha de 1980, Cobi foi uma das mascotes olímpicas mais famosas da história.

Cobi, da edição de 1992 - Divulgação

Izzy (Atlanta, Estados Unidos, 1996)

Izzy era uma figura abstrata, ou seja, não representava concretamente nada em específico. Seu nome é uma derivação de "Whatizit", uma forma de se escrever a pergunta "What is it?", que em inglês significa "O que é isso?". A 13ª mascote oficial dos Jogos Olímpicos não foi das mais populares, e há quem diga que o motivo era justamente esse: Izzy não era um animal, não era uma pessoa, e isso talvez deixasse as pessoas confusas.

Izzy, da edição de 1996 - Divulgação

Olly, Syd e Millie (Sydney, Austrália, 2000)

O trio é formado por animais típicos do país que recebeu a edição de 2000 dos Jogos Olímpicos. Syd era um ornitorrinco e foi nomeado em homenagem à cidade Sydney. Ele representava a relação do homem com a natureza. Millie era uma equidna, representava uma mulher moderna, e foi batizada em referência à palavra "milênio". Olly era uma kookaburra, ave típica da Austrália, com um nome em homenagem às Olimpíadas em si.

Syd, Olly e Millie, da edição de 2000 - Divulgação

Athena e Phevos (Atenas, Grécia, 2004)

Os dois eram irmãos e foram inspirados em bonecas de argila encontradas em escavações na Grécia e usadas em festivais religiosos. Seus nomes foram inspirados nos deuses gregos Atena e Apolo. O Comitê Olímpico escolheu os dois para representar a fraternidade, a cooperação e o jogo limpo necessários em uma Olimpíada.

Athena e Phevos, da edição de 2004 - Divulgação

Fuwa (Pequim, China, 2008)

Um grupo de amigos simbolizou a edição chinesa dos Jogos Olímpicos. Eles eram Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini. Fúwá, em chinês, quer dizer "crianças de boa sorte".

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Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini, da edição de 2008 - Divulgação

Wenlock (Londres, Inglaterra, 2012)

Uma gota de aço foi escolhida como símbolo das Olimpíadas de Londres. Seu nome vem de uma cidade britânica, Much Wenlock. De acordo com o Comitê Olímpico Internacional, o sinalizador que as mascotes tinham na cabeça era uma referência aos táxis ingleses.

Wenlock, da edição de 2012 - Divulgação

Vinicius (Rio de Janeiro, Brasil, 2016)

Um animal que misturava a agilidade dos gatos, o balanço dos macacos e a graça dos pássaros representou o Brasil em sua edição olímpica. Seu nome era uma homenagem ao músico e poeta Vinicius de Moraes, que entre outras coisas criou o álbum "A Arca de Noé", um sucesso entre as crianças dos anos 1980.

Vinicius, da edição de 2016 no Brasil - Divulgação

Miraitowa (Tóquio, Japão, 2020)

Seu nome era uma combinação das palavras japonesas para "futuro" e "eternidade", mostrando que é preciso sempre ter esperança no que ainda está por vir. Miraitowa era, segundo seus criadores, uma mascote muito atlética e com forte senso de justiça, com a capacidade de se teletransportar para qualquer lugar instantaneamente.

Miraitowa ao lado de Someity, que foi a mascote dos Jogos de Inverno em 2020 - Divulgação

As Phryges (Paris, França, 2024)

A mascote dos Jogos que vão acontecer em julho na capital francesa é um gorrinho vermelho popular no país como símbolo da liberdade. Há exemplares deles em prédios do governo, moedas e selos.

Phryges, da edição de 2024 - Divulgação

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