Papel de carta e estojo automático eram 'papelaria dos sonhos' dos anos 1980

Conheça itens do material escolar que os adultos de hoje em dia desejavam ter quando ainda eram crianças

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Se hoje em dia os itens mais desejados são canetas de ponta fina e marca-textos, ou estojos daqueles grandões em que cabem dezenas de lápis e complementos, quando os adultos de hoje ainda eram crianças também havia materiais de escola com que todo mundo sonhava.

Conheça alguns dos objetos de papelaria que as crianças dos anos 1980 e 1990 mais curtiam e queriam ter na mochila.

Estojo automático

Nem cabia tanta coisa no estojo automático dos anos 1980 e 1990, mas o sistema de funcionamento dele era tão legal que valia a pena levar poucos itens para a escola. A aparência é de um estojo normal, mas a diferença estava nos vários botões que acionavam aberturas quase secretas de onde saltavam os materiais.

Estojo automático dos anos 1980 - Reprodução

A parte principal, onde ficavam os lápis, formava uma espécie de ponte levadiça onde os lápis e canetas ficavam prontinhos para ser escolhidos. Outro botão abria o compartimento do apontador, outro, da borracha, havia régua escondida e até mesmo uma lupa para ajudar a enxergar coisas pequenininhas. Nas "costas", um pouquinho mais de espaço para outros lápis e canetas.

Papel de carta

A ideia do papel de carta, como o próprio nome diz, era que ele fosse usado para... escrever cartas. Só que as folhas eram tão lindinhas e fofas que todo mundo ficava com pena e economizava, tomando inclusive cuidado para nenhum risquinho de caneta ou sujeira estragasse aquela perfeição.

Papel de carta - Reprodução

O legal era colecionar os papéis. Em uma pasta daquelas com saquinhos plásticos, as crianças guardavam e expunham suas coleções. Havia temas e personagens clássicos, tipo Hello Kitty, gatinhos fofos e Tuxedosam, um pinguim azul de chapeuzinho.

Lapiseira troca ponta

Enquanto no sistema clássico a gente vai apertando o bumbum da lapiseira para o grafite ir saindo, e quando aquele grafite acaba a gente repõe com um novo, nas lapiseiras troca ponta dos anos 1980 e 1990 as coisas eram mais descartáveis (mas nem por isso menos legais).

Lapiseira troca ponta - Reprodução

No "corpo" da lapiseira vinham várias pontinhas de grafite, e sempre que uma delas ficava menos apontada era só mandá-la para o fim da fila e usar uma novinha em folha.

Clipes na maçãzinha

Para que usar clipes sem graça, de cor cinza, se dava para usar clipes coloridos e vibrantes? Melhor ainda se eles viessem dentro de uma embalagem transparente, em que a gente visse quais ainda não tinham sido usados (só para economizar aqueles com as cores preferidas).

Maçãzinha com clipes de plástico dentro - Divulgação

As maçãs de acrílico com clipes coloridos resistiram à passagem do tempo, e ainda é possível encontrá-las à venda em papelarias e na internet.

Caneta 10 cores com cheirinho

Canetas de várias cores todo mundo já viu e até tem uma no estojo, mas e essa aqui, em que cada cor tinha um cheirinho diferente? "Pera aí, cor com cheiro, como isso é possível?", o leitor pode se perguntar.

Caneta 10 cores com cheirinho - Reprodução

Pois o sistema era simples: você fazia um risquinho no papel e botava ele pertinho do nariz. Pronto! O cheiro correspondente estava lá, bem docinho.

Lancheira com garrafinha

Sim, lancheiras com garrafinhas existem até hoje e todo mundo usa, mas nos anos 1980 e 1990 elas tinham uma aparência meio simples e encantadora ao mesmo tempo. A garrafa era uma miniatura das garrafas térmicas que os adultos usavam para guardar café, e nela as famílias sempre mandavam algum suco gostoso para a hora do lanche.

Lancheira com garrafinha térmica dos anos 1980 - Reprodução

Para beber, se usava a própria tampa como copinho —essa tampa, aliás, em algumas lancheiras ficava para fora, passando por um buraquinho perto da alça.

Lapiseira Poly

A Poly era a lapiseira com o preço mais em conta entre as lapiseiras da moda, então era acessível para muitas crianças daquela época. Vinha em várias cores e tinha uma borrachinha na ponta —quem teve se lembra que a borracha não servia para quase nada e acabava mais borrando o papel do que sumindo com o problema.

Lapiseiras Poly - Reprodução

Havia a versão 0.5, com grafite mais fino, a 0.7, com a escrita mais grossinha, e a 1.6, para quem gostava de um traço bem robusto. Perto da borracha também ficava um apontador. Todas essas novidades (na época era novidade mesmo) fizeram a fabricante da Poly chamá-la de "a lapiseira polivalente".

Borracha duas cores que apaga caneta

Essa borracha foi inventada na década de 1930, então não é um material típico de quando seus pais iam à escola, mas entra na lista dos itens que deixaram saudade porque despertava opiniões fortes: havia o time dos que amavam e o time dos que odiavam.

Borracha de duas cores que apaga caneta - Divulgação

A proposta da borracha, que existe até hoje, é que a cor azul apague traços de caneta. Acontece que naquela época, talvez pela composição ou qualidade do material usado pelos fabricantes, isso não acontecia, e muitas vezes a borracha deixava um desgaste no papel ou até mesmo um buraco, quando se tentava eliminar traços de tinta.

Os corretivos líquidos (branquinhos) eram raridade naqueles anos, e a tal borracha que apagava caneta —ou que prometia apagar— era a principal alternativa para corrigir o que dava errado na lição de casa.

DEIXA QUE EU LEIO SOZINHO

Ofereça este texto para uma criança praticar a leitura sozinha

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.