Descrição de chapéu show

Barba está em cada estalo de dedo e batida que damos, diz integrante do Barbatuques

Grupo faz duas apresentações em São Paulo, no Theatro São Pedro, e fala sobre a saudade do fundador, morto há três anos

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São Paulo

Há pouco mais de três anos, em fevereiro de 2021, o músico Barba morreu. Ele tinha 49 anos, foi batizado como Fernando Barboza ao nascer, virou Fernando Barba quando cresceu e, entre as coisas mais importantes que fez ao longo da vida, está ter feito parte do grupo musical Barbatuques.

"Ele está em cada estalo que damos com os dedos, em cada batida no peito, em tudo, no palco e fora dele", diz André Hosoi, músico e fundador do Barbatuques junto com Barba, 25 anos atrás. "Sentimos muito a falta dele, mas sabemos que ele estaria orgulhoso de seu legado estar cada dia maior."

Grupo Barbatuques - Beto Assem/Divulgação

O Barbatuques está viajando pelo Brasil com um show em que celebra sua carreira e também faz uma homenagem ao amigo Barba, a quem André chama de "mestre maior". "Barba está ‘presente’ no show, também através do vídeo que projetamos. Fazer esse show é uma forma de agradecer por tudo que ele nos deixou, ensinou e ainda nos ensina", afirma.

O grupo faz duas apresentações em São Paulo neste fim de semana, e depois se apresenta em Curitiba (PR), Manaus (AM), Belém (PA), Brasília, Rio de Janeiro, Goiânia (GO), Palmas (TO), Campo Grande (MS), São José dos Campos, Santos e Caraguatatuba (todas em São Paulo).

Quem já viu um show do Barbatuques sabe que a plateia gosta de cantar e batucar junto. André diz que isso não é um problema para o grupo no palco. "De forma alguma atrapalha, só nos estimula! A plateia faz parte do nosso espetáculo. Essa é a vantagem de tocarmos o mesmo instrumento que a plateia, poder interagir."

Eles prometem tocar os grandes sucessos do grupo nas apresentações de São Paulo, como "Baianá", que há anos faz parte dos shows e já até tocou nas rádios. Também podem ser esperadas improvisações em que a plateia é convidada a participar, como já é tradição do Barbatuques.

"As músicas, quando vão ficando mais conhecidas, começam a ter um outro significado de comunicação e isso é maravilhoso. Além disso, saber que uma música instrumental, como o ‘Baião Destemperado’, que é tocada com flauta de pífano e corpo, tornou-se tão conhecida e querida, é uma grande felicidade. Ficamos muito orgulhosos de ver a música corporal se espalhando por aí", afirma André.

A lista de músicas previstas ainda inclui "Natureza" (feita em parceria com Russo Passapusso, do BaianaSystem), que nunca foi tocada ao vivo, "26", que é uma homenagem a Fernando Barba, e "Eu Vou Cantar".

"Sermos eternos pesquisadores dos sons corporais ajuda a nos manter juntos e ativos. É uma pesquisa que não acaba nunca! Há muitas possibilidades", diz André. "E o fato de a nossa principal meta ser fazer do corpo um instrumento nos desprende de estilos, e assim podemos fazer música brasileira, americana, japonesa, africana, cubana…".

Barbatuques 25 anos

  • Quando Sáb. (20), às 20h, e dom. (21), às 19h
  • Onde Theatro São Pedro (R. Barra Funda, 171, Barra Funda)
  • Telefone (11) 3661-6600
  • Preço Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia entrada prevista por lei). Vendas on-line pela Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/92737)
  • Classificação Livre, 90 minutos

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