Escritores, artistas e políticos lamentam a morte de Saramago
"Era o mais jovem dos escritores. E seguirá sendo."
Eduardo Galeano, escritor uruguaio
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"Éramos amigos. Ele esteve por perto em momentos da minha obra, fez a apresentação de dois dos meus livros, em 1989 e há três anos, quando já estava doente. Se nós somos [os lusófonos] uma família linguística, quem nos abriu as portas para o mundo foi Saramago. O português era uma língua periférica, ele ajudou a vencer essa barreira."
Mia Couto, escritor moçambicano
"Foi uma pessoa que sempre procurou dizer o que pensava, e isso dá uma grande leveza a quem se permite fazê-lo, ao mesmo tempo que imprime seriedade às suas convicções. Disse tanto e tão bem dito, que possivelmente temos que encontrar nos seus livros um quase-abraço sempre aberto."
Ondjaki, escritor angolano
"O que mais admirava em Saramago era a sua vitalidade e a sua combatividade de homem que acreditava em causas. Mudou a forma como a nossa língua passou a ser percebida em todo o mundo."
José Eduardo Agualusa, escritor angolano
"Saramago foi o autor português contemporâneo mais traduzido, com livros editados em todo o mundo. Sua morte foi uma grande perda para a cultura portuguesa. Era um motivo de orgulho para Portugual e deixa uma grande obra literária que dignifica o país."
José Sócrates, primeiro-ministro português
"Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998, será sempre lembrado como um dos maiores escritores em língua portuguesa e da literatura mundial."
José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia
"Estou realmente triste. Por um lado, era nosso Prêmio Nobel, por outro, um grandíssimo escritor universal. Lamento a perda de um amigo que sempre esteve perto das pessoas, da realidade e dos seus amigos. Meus pêsames a Pilar del Río, grande parte de sua luz e da luz de sua obra."
Maria de Madeiros, atriz e cantora portuguesa
"José Saramago deixa um legado poderosíssimo do escritor que foi a afirmação da literatura portuguesa na cena internacional como provavelmente antes dele nunca tinha sido conseguido."
Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura de Portugal
"Aprecio grandemente o Saramago desde 'Levantado do Chão'. Depois fiquei muito impressionado com 'Memorial do Convento'. Por mais que tentem diminuir a importância dele em Portugal, há muito não tínhamos um escritor dessa importância na língua portuguesa. O mundo está de luto, é um momento de sentar e chorar."
Ronaldo Correia de Brito, escritor
'É tão difícil conseguir encontrar um estilo, muita gente passa a vida inteira atrás e não consegue. Mas Saramago tinha um, que conseguiu manter até o fim da vida, com raras concessões."
Antônio Carlos Secchin, membro da Academia Brasileira de Letras e professor de literatura da UFRJ
"A perda de um escritor do porte de José Saramago abre um espaço na literatura de língua portuguesa. Autor de estilo difícil e provocador, trabalhava seus personagens sempre com características psicológicas. Quando foi escolhido Nobel, achei que tinham preterido Jorge Amado, maior do que ele. Mas Saramago tornou-se um personagem mitológico, um centauro que dividia a literatura com a política, sempre em posições críticas sobre a sociedade atual. Tínhamos uma convivência estreita e carinhosa. Mas ele me conquistou definitivamente quando visitou o Maranhão, em 1989, e deslumbrou-se com a arquitetura colonial portuguesa de São Luís."
José Sarney, presidente do Senado e escritor
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