Coleção Folha destaca o revolucionário da arte Paul Cézanne

Artista francês questionava a importância da pintura tradicional diante da modernidade

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São Paulo

A arte do francês Paul Cézanne será tema do próximo livro da Coleção Folha Pintores para Crianças, que chega às bancas no domingo que vem (19).

Um das vanguardas artísticas europeias, Cézanne sempre sentiu uma profunda necessidade de revolucionar as artes, em especial, a pintura. Assim como muitos outros artistas de sua época, ele questionava a importância da pintura tradicional diante da modernidade.

‘O Grande Pinheiro’, de Paul Cézanne, obra que faz parte do acervo do Masp  - Divulgação


Dessa inquietação com o cenário artístico, Cézanne desenvolveu estudos sobre a representação da perspectiva, elaborando uma técnica de retratar o volume sem perder a exuberância das formas geométricas que compunham suas telas.

Tal técnica, em que o artista consegue expressar a profundidade e as formas espaciais, inclusive, pode ser vista nas telas em que retrata o monte Sainte-Victoire na região francesa da Provença. 

Aliás, essa região no sul da França foi o lar desse artista durante muitos anos. Inclusive, o fato de morar em meio à natureza, com belas paisagens montanhosas, influenciou profundamente a pintura de Cézanne, em especial as inúmeras telas bucólicas retratadas pelo pintor, como "O Grande Pinheiro", obra do fim do século 19 que faz parte do acervo do Masp, em São Paulo.

O artista morreu no início do século 20, mas deixou um legado que influenciou diversos outros criadores em todo o mundo e serviu de ponto de partida para que o espanhol Pablo Picasso criasse depois o cubismo.

Volume 15

Mais um herói da arte nacional será tema da Coleção Folha Pintores para Crianças. No próximo domingo (12), nosso casal de amiguinhos, Laura e Lucas, irá conhecer a história do povo brasileiro por meio das pinturas de Candido Portinari.

Da mesma forma que Tarsila do Amaral, Portinari queria criar uma pintura moderna, mas sem negar uma ideia de cultura e expressão dotada de genuíno caráter brasileiro.

Alguns exemplos desse esforço modernista podem, inclusive, ser vistos nas pinturas "O Mestiço" e "O Lavrador de Café". Nesses quadros, chama a atenção a anatomia arredondada das personagens e da paisagem, em sintonia com as figuras que o mexicano Diego Rivera pintava em seus famosos murais.

crianças jogando bola em quadro
‘Futebol’, quadro de Candido Portinari pintado em 1944 -  Divulgação

O uso que Portinari fazia da cor, a predominância do marrom e do vermelho para a terra e também para a pele dos tipos, é outro dado que atrai o olhar do espectador.

O artista buscou diversas inspirações para seu trabalho, dentre elas, em destaque, a produção literária do escritor, poeta e crítico Mário de Andrade.

Aliás, o próprio Mário de Andrade já analisou o trabalho de Portinari e aferiu que o pintor produzia telas que exprimiam um caráter brasileiro e moderno. Para o escritor, tal caráter não se limitava só aos temas escolhidos, uma vez que os trabalhos davam visibilidade também a suas grandes qualidades pictóricas.

Portinari foi um grande artista reconhecido ainda em vida. Foi homenageado com uma exposição individual no Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, e também foi responsável pela elaboração do enorme mural "Guerra e Paz", que adorna a sede das Nações Unidas, também em Manhattan.

Volume 14

O pintor francês pós-impressionista Paul Gauguin é o tema do próximo volume da Coleção Folha Pintores para Crianças, que chega às bancas no dia 5 de maio.

Gauguin nasceu em Paris, mas quando tinha três anos sua família se mudou para o Peru. Seu pai, um jornalista, temia por sua vida com a chegada ao poder de Napoleão 3º e preferiu ir viver na terra de sua mulher na América do Sul.

Ao conhecer a história de Gauguin e sua família, não é de se espantar que suas pinturas mais icônicas foram inspiradas por culturas que não estavam na Europa.

‘Você Está com Ciúmes’, tela de Paul Gauguin de 1892 - AFP

Um dos trabalhos mais conhecidos do artista, em que podemos perceber essa influência, é o retrato de sua jovem mulher, a taitiana Tehamana.

Aliás, o Taiti foi inspiração para algumas de suas mais importantes pinturas. Parte da crítica afirma que o país proporcionou ao pintor o contato com uma cultura primitiva e uma vida selvagem, que tornaram a sua arte mais rica e cheia de personalidade. 

Essa ilha paradisíaca, sem sombra de dúvida, deixava o artista fascinado. Tanto que após acordar a venda de um lote de telas ao negociante de arte Theo van Gogh, o pintor organizou uma nova viagem ao país.

Volume 13

No próximo domingo (28), a Coleção Folha Pintores para Crianças terá a vida do multiartista Leonardo da Vinci como assunto.

Aos 30 anos, após o reconhecimento de seu incrível talento, ele se mudou de Florença para Milão para servir à corte do rei Ludovico Sforza. Durante esse período, criou “A Última Ceia”, uma de suas mais famosas e enigmáticas representações bíblicas.

'A Última Ceia', de Da Vinci - Reprodução

O reconhecimento de Leonardo da Vinci não se exauriu no plano artístico. O idealizador do “Homem Vitruviano” foi um brilhante arquiteto, engenheiro, matemático, músico, escritor, inventor e escultor, mas de fato entrou para a história da arte por desenvolver uma nova e inigualável técnica pictórica, os fumato (esfumaçado em italiano).

Por meio de sua técnica que criava horizontes esfumaçados e não delineados, o artista conseguia representar profundidade nas telas e assim revolucionar a pintura.

A aplicação do método e seu resultado final podem ser vistos na “Mona Lisa”, uma das maiores atrações do Louvre, em Paris.

Volume 12

O surrealista Salvador Dalí é tema do próximo livro da Coleção Folha Pintores para Crianças, que chega às bancas no domingo (21).

O artista nasceu no começo do século 20 em Figueres, cidade espanhola entre Barcelona e a fronteira com a França.

‘A Persistência da Memória’, tela de Salvador Dalí criada em 1974 - Divulgação

Tal cidadezinha, inclusive, viraria centro das notícias mundiais décadas depois com a inauguração do Teatro-Museu Dalí, instituição que abriga o maior número de obras do artista até hoje.

Construir ele mesmo um museu em sua homenagem comprova que Salvador Dalí nunca foi adepto da discrição, aliás sempre foi visto como um notório vaidoso, alguns diriam até narcísico.

Suas obras, com imagens fantásticas, entre elas seus famosos relógios derretidos, exploram os cantos mais insondáveis da imaginação humana, algo entre sonho e pesadelo. Muito influenciado pela psicanálise, Dalí às vezes falava de si mesmo, de sua mulher, Gala, e do mundo como visto por seu olhar inquieto. 

Nessa mesma pegada, o artista chegou, inclusive, a criar seu próprio jornal, o Dalí News. A publicação só tinha um intuito: elogiar seu próprio trabalho, sua inteligência e seu grande talento.

Salvador Dalí, sem sombra de dúvida, era inteligente e talentoso, tanto que ingressou na importante escola de Belas-Artes em Madri. Lá, conviveu com grandes intelectuais de sua época, um deles o cineasta Luis Buñuel. 

Os dois foram amigos, e o artista chegou a colaborar com Buñuel na produção de seu clássico “Um Cão Andaluz”.

O filme, aliás, foi responsável pelo lançamento de Dalí na cena artística e o pôs nos holofotes onde ficaria pelas próximas décadas de sua vida.

Volume 11

No mês em que se comemora cem anos da criação da Bauhaus, a famosa escola de design alemã, a Coleção Folha Pintores para Crianças traz como tema de seu novo volume um dos mais ilustres professores dessa instituição, o russo Wassily Kandinsky.

Chamado para lecionar na escola alemã em 1922, o artista pôde usar seu conhecimento para ensinar um 
novo tipo de pintura que chamou de sinestésica, estilo que culminaria com o desenvolvimento do 
abstracionismo.

De acordo com alguns críticos, a junção da música com a pintura pode ser, inclusive, percebida nos quadros de Kandinsky, uma vez que o pintor afirmava que compor uma tela é como compor uma música, em que os traços, cores e formas simbolizavam sons.

Diante de tais fatos, não é de se estranhar que o pintor chamava algumas de suas obras de composição, como se por meio daquele trabalho ele criasse uma sinfonia misturando audição e visão.

Kandinsky, inclusive, considerava essas telas as suas obras mais importantes e só deu esse nome a dez de seus trabalhos.

Infelizmente, três dessas obras foram destruídas durante a Segunda Guerra Mundial junto com outros 31 estudos preliminares, restando apenas sete deles que ainda podem ser apreciados pelo público.

Volume 10

“Azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante”, assim Tarsila do Amaral batizou as cores que gostava de usar para retratar o Brasil onde nasceu.

A artista, nome central do modernismo nacional, é tema do volume da Coleção Folha Pintores para Crianças que chega às bancas em 7 de abril.

‘Abaporu’, uma das pinturas mais célebres da modernista brasileira Tarsila do Amaral - Divulgação
 

Tarsila foi um dos nomes centrais do movimento conhecido como Antropofagia, ou seja, acreditava que os artistas, após se inspirarem na arte europeia, poderiam criar uma arte brasileira. Ela mesma subverteu a vanguarda parisiense para criar sua pintura.

Volume 9

​No próximo domingo (31), a duplinha de amigos Laura e Lucas vai embarcar em uma expedição pela Áustria para conhecer os detalhes da vida do pintor simbolista Gustav Klimt.

Os personagens narram a trajetória do artista, que ajudou a fundar a Secessão de Viena, movimento artístico da virada do século 19 para o 20, que buscava romper com as tradições da pintura impostas até aquele momento.

 

Klimt dedicou a vida à pintura, mas só foi no começo do século 20, após uma viagem à Itália, que desenvolveu os seus quadros mais icônicos.

Os brilhantes mosaicos bizantinos que viu em Veneza causaram uma forte comoção no artista e influenciaram o seu uso do dourado.

Suas pinturas nesse tom, inclusive, chegaram a ser criadas com folhas de ouro e algumas vezes de prata, elementos que deram aspecto brilhante às telas.

Os trabalhos desse período mais reluzente são os últimos da vida de Klimt. As obras são conhecidas pelas superfícies quase que totalmente adornadas com elementos geométricos e florais.

Nessas pinturas, as figuras centrais, de acordo com o estilo simbolista adotado pelo artista, estão a serviço de uma alegoria mais ampla, dominando os ambientes coloridos e sedutores desenvolvidos pelo austríaco.

Volume 8

No volume que chega às bancas no próximo domingo (24), nossos entusiastas das artes, Laura e Lucas, desembarcaram na região espanhola da Catalunha para conhecer um grande gênio da pintura chamado Joan Miró.

Os pequenos se apaixonaram pelas obras desse artista, que têm uma linguagem mais pueril e resgatam a simbologia do sonho e do lúdico.

O espanhol, ao falar sobre seu processo criativo, dizia que o primeiro estágio era livre e inconsciente. Em vez de começar a pintar algo reconhecível, ele simplesmente deixava as imagens surgirem com as suas pinceladas.

Miró tem obras de grande relevância para a história da arte ocidental como o mural que adorna o edifício da Unesco em Paris e a pintura “O Nascimento do Mundo”, que pertence à chamada fase surrealista do pintor.

Esta última obra, inclusive, costumava ser descrita por ele como uma espécie de gênesis, um começo amórfico da vida.

Miró também era aficionado por literatura e esta, apontam especialistas, era motivo de inspiração para seus trabalhos. Ele chegou, inclusive, a fazer ilustrações para diversos livros de grandes autores como o chileno Pablo Neruda e o poeta modernista brasileiro João Cabral de Melo Neto.

Com o escritor pernambucano, alías, Miró teve uma amizade que durou toda a vida e chegou a ser assunto de um livro lançado em 1950. 

Miró, assim como outros artistas de seu tempo, não se eximiu de posicionamentos políticos. O artista era crítico da ditadura franquista na Espanha e foi veemente contra a Guerra Civil Espanhola.

Volume 7

No próximo domingo (17), a artista brasileira de origem japonesa Tomie Ohtake será tema de mais um livro da Coleção Folha Pintores para Crianças.

Nossos pequenos anfitriões se dedicaram a conhecer sua obra, que se caracteriza, em geral, por abstrações com motivos geométricos.

Boa parte da crítica especializada classifica os trabalhos de Tomie Ohtake como abstratos por causa de suas composições criadas a partir de linhas, desenhos e cores, verdadeiros experimentos visuais pensados pela artista. 

De fato, Tomie não se preocupava com a representação precisa da realidade e dizia que, de olhos fechados, conseguia ver as formas e cores que exprimia livremente em seus trabalhos.

Ela fez toda uma de suas séries mais famosas, aliás, de olhos vendados. Dialogava tanto com tradições das vanguardas artísticas estrangeiras quanto com a abstração geométrica mais experimental que marcou a vertente do construtivismo desenvolvida no Brasil. 

Tomie fazia uso de várias técnicas artísticas, entre elas escultura, pintura e gravura, e muitas de suas obras são monumentos em espaços públicos espalhados pelo país. 

Uma série de mosaicos de cerâmica da artista, por exemplo, adorna uma das estações do metrô paulistano, enquanto uma escultura de grande porte foi instalada num dos canteiros da avenida 23 de Maio, uma das principais artérias da metrópole.

Volume 6

Na próxima semana, por escolhas editorais, houve uma pequena mudança nos lançamentos da Coleção Folha Pintores para Crianças.

O impressionista Pierre-Auguste Renoir será tema do sexto volume da coleção, deixando que o pintor de “As Senhoritas de Avignon”, Pablo Picasso, encerre com maestria a sequência de 30 gênios dos pincéis.

No dia 10 de março, a simpática duplinha Laura e Lucas trocará a península Ibérica por uma viagem à França, apresentando aos pequenos leitores a vasta obra desse pintor que viveu na virada do século 19 para o 20.

Renoir foi um exímio retratista, mas sua obra não se se esgota nessa modalidade de pintura. A leveza e a graça de suas telas, a figura humana, a paisagem e o hábito de pintar ao ar livre caracterizaram sua obra 
como parte do movimento impressionista.

O artista concebeu telas como “O Baile do Moulin de la Galette”, que teve o bairro de Montmartre, no norte parisiense, como inspiração, e as meninas com cara de que estão chorando em “Rosa e Azul”, que pode ser visto em São Paulo, no Masp.

Volume 5

Michelangelo protagoniza o volume da Coleção Folha Pintores para Crianças que chega às bancas em 3 de março. Nele, o casalzinho de amigos Laura e Lucas faz uma expedição pelo norte da Itália, onde conhecerão lugares importantes do Renascimento.

Florença, por exemplo, foi a cidade em que o pintor, escultor, arquiteto e poeta iniciou seus trabalhos artísticos.

 
Afrescos de Michelangelo, na capela Sistina - Corbis

Nossos cicerones visitarão ali o artista que viveu na virada do século 15 para o 16 e se tornou um dos maiores nomes da história da arte.

Michelangelo dedicou seus trabalhos à representação do ser humano, em especial o corpo masculino. Em Roma, ele pintou o teto da Capela Sistina, um dos trabalhos mais relevantes da cultura ocidental.

Volume 4

​A Coleção Folha Pintores para Crianças traz na semana que vem a biografia de um dos artistas mais famosos do mundo, o holandês Vincent van Gogh. 

No livro que chega às bancas no dia 24 de fevereiro, pequenos leitores conhecerão as obras-primas do mestre do impressionismo.

O pintor era o mais velho e reservado de seis irmãos e logo na segunda década de sua vida foi vender obras de arte na galeria de seu tio. Nesse ambiente cheio de quadros importantes, Van Gogh teve o primeiro contato com o que seria sua paixão, a pintura. 

Aos 27 anos, sob influência de seu irmão e melhor amigo, Theo, Van Gogh iniciou seus estudos na Academia Real das Artes, em Bruxelas. Seis anos depois, ele se mudou para a agitada Paris, epicentro da 
vida artística na época. 

Na capital francesa, ele se tornou amigo de figuras célebres da arte ocidental e em especial dos também pintores Paul Gauguin, com quem moraria junto anos mais tarde, e Paul Signac, com quem conheceu o estilo pontilhista de pintura, um de seus preferidos.

As obras de Vincent van Gogh se caracterizam pela intensidade no uso das cores. O artista gostava de pintar telas em que as cores se sobressaíssem, alguns exemplos são “A Noite Estrelada” e “Doze Girassóis Numa Jarra”.

O pintor teve uma vida curta. Morto aos 37, ele só atingiu a notoriedade depois de sua morte. Van Gogh vendeu apenas um quadro durante a vida e se sustentava com a ajuda financeira de seu irmão.

Ironicamente, uma de suas pinturas, “Retrato de Doutor Gachet”, foi vendida em 1990 (cem anos após a sua concepção) por US$ 82,5 milhões, mais de R$ 300 milhões.

Volume 3

A mexicana Frida Kahlo é a primeira pintora a ser tema da Coleção Folha Pintores para Crianças. E, para contar a história dessa grande artista, o casal de amiguinhos Laura e Lucas vão precisar viajar até a América Latina.

No terceiro volume da série, que chega às bancas no próximo domingo (17), as crianças poderão se aventurar pelo folclore, pela cultura e pela natureza do México, país em que Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu em 1907. 

Autorretrato de Frida Kahlo, em mostra em São Paulo  - Felipe Gabriel/Folhapress

A dupla de personagens guiará os pequenos leitores pelo universo colorido da pintora, descrevendo a sua famosa Casa Azul —a residência cheia de estímulos visuais com fortes cores e animaizinhos onde ela passou boa parte de sua vida na capital mexicana.

Os dois ainda se debruçarão sobre aspectos da história pessoal da artista. Dentre esses, o trágico acidente de trânsito, que marcou para sempre o seu destino, mas nunca a impediu de continuar a exercer seus dons artísticos. 

Aos 18 anos, a artista quase morreu quando o ônibus em que viajava se chocou com um bonde. Ela sofreu fraturas na coluna e em várias partes do corpo, retratando em muitas de suas telas seu doloroso processo de recuperação e as sequelas dos machucados, entre elas a dificuldade de ter filhos.

Laura e Lucas ainda narram seu casamento com o importante pintor e muralista mexicano, Diego Rivera. Ele obteve notoriedade no meio artístico antes de sua mulher e, através dele, Frida pôde viajar e morar em diversas cidades como Detroit, nos Estados Unidos, e Paris, na França. 

Entre os importantes trabalhos de Frida se destacam seus autorretratos, o que lhe rendeu a alcunha de mãe dos selfies por parte de alguns críticos. Para criar esses trabalhos, a artista fazia uso de cores intensas,  com exemplos da fauna local e paisagens típicas do México. Em cada obra do livro, é possível ver um pouco de sua vida e de suas lutas. 

Ainda há a segunda parte do volume, com as brincadeiras. Ali os pequenos poderão se entreter com dinâmicas de adivinhação e ainda desenhar um autorretrato como aqueles que Frida fazia.  

Volumes 1 e 2

Neste domingo (10), a nossa dupla de entusiastas das artes, Laura e Lucas, vai desembarcar numa expedição pela França, conhecendo os detalhes da vida de dois dos principais pintores do século 19, Claude Monet e Edgar Degas. 

É quando chegam às bancas os dois primeiros volumes da Coleção Folha Pintores para Crianças. Na estreia, os livrinhos serão vendidos pelo preço de um apenas, por R$ 19,90.

No primeiro título, os personagens narram a trajetória do impressionista francês Claude Monet, discorrendo sobre sua infância na região da Normandia —o campo, o rio e o mar que circundavam essa região serviram de inspiração para o famoso pintor. 

Laura e Lucas ainda trarão temas como o início da vanguarda impressionista, incluindo as técnicas utilizadas por Monet, sua amizade com os também pintores Pierre-Auguste Renoir e Alfred Sisley e ainda a famosa crítica de arte negativa sobre um de seus mais célebres quadros, “Impressão, Nascer do Sol”. 

'Impressão: Nascer do Sol', de Claude Monet - Reprodução

Até o fim deste primeiro livro, as crianças vão conhecer o universo visual desse artista que deixou seu legado para a história da arte ocidental. 

Monet gostava de pintar ao ar livre para captar os efeitos da vida selvagem e as diferentes estações. Junto de outros artistas que também partilhavam das mesmas afinidades artísticas, ele criou um novo movimento artístico. 

No segundo livro da série, os pequenos personagens vão passear pela agitada Paris do século 19. Ao contrário do bucólico Monet, Edgar Degas volta seus pincéis para retratar as bailarinas, as corridas de cavalos, os cafés e tantas outras pessoas que viviam na efervescência desta que, na época, era a mais importante cidade europeia. 

Degas se dedica a esse cenário urbano, pois viveu enquanto Paris estava sendo reconstruída para culminar no desenho urbanístico que conhecemos hoje. Dentre as muitas mudanças sofridas pela cidade, é possível citar a construção de grandes e salubres avenidas, de milhares de novas edificações, da disseminação de novos parques públicos e muitos e muitos cafés.

Essa nova e remodelada Paris foi inclusive objeto de inspiração para muitos artistas. Dentre eles, o poeta Charles Baudelaire, contemporâneo de Degas, que em um de seus poemas faz a perfeita descrição desses estabelecimentos que também eram retratados pelo pintor impressionista. 

“O café resplandecia. O próprio gás disseminava ali todo o ardor de uma estreia e iluminava com todas as suas forças as paredes ofuscantes de brancura, as superfícies faiscantes dos espelhos, os ouros das madeiras”, escreveu. 

Esses cenários podem ser reconhecidos nas obras de Degas com facilidade. Por exemplo, o café La Nouvelle Athènes, que serviu de inspiração para a obra “O Absinto”, em que o pintor retrata um homem e uma mulher de ares melancólicos enquanto bebe o destilado que dá nome ao quadro.

Do estudo do movimento e à tentativa de retratar de modo quase fotográfico o mundo em suas telas, Degas pintou uma sociedade que passava por intensas mudanças e conseguiu imprimir em seus trabalhos os sentimentos que ecoavam pelos olhares de suas modelos.

Com textos da escritora portuguesa Isabel Zambujal, é possível que as crianças tenham acesso à arte que foi pensada por esses impressionistas. São nomes que revolucionaram a técnica pictórica, pois não se contentavam com os mesmos padrões artísticos que estavam sendo aplicados até aquele momento.

Apresentação da coleção

Na próxima semana, as crianças poderão embarcar numa longa aventura pelo mundo da arte, conhecendo detalhes da vida e das principais pinturas de alguns dos maiores nomes da história ao longo dos séculos.

Uma duplinha muito simpática, Laura e Lucas, servirá de guia nesta viagem, apresentando aos pequenos leitores a vasta obra de 30 gênios dos pincéis, começando pelos impressionistas franceses Claude Monet e Edgard Degas.

Os dois serão temas dos primeiros volumes da Coleção Folha Pintores para Crianças, à venda nas bancas a partir de 10 de fevereiro. 

Até agosto, as crianças vão conhecer o universo visual desses e outros artistas que deixaram suas marcas nos grandes movimentos da arte, do Renascimento italiano à contemporaneidade de artistas como Tomie Ohtake, japonesa radicada no Brasil.

No meio do caminho, vão passar por alguns mestres do barroco, do maneirismo, do romantismo, do expressionismo, do surrealismo, do cubismo e de outras vanguardas modernas que mudaram a nossa forma de ver o mundo.

Entre os nomes da coleção, estão Michelangelo, Rafael, Botticelli, Bosch, Rembrandt, Caravaggio, Goya, Velázquez, Van Gogh, Picasso, Cézanne, Renoir, Gauguin e outros.

Coleção Folha Pintores para Crianças
Caixa especial para armazenar a Coleção Folha Pintores para Crianças, - Divulgação

Em cada volume, os amiguinhos Laura e Lucas primeiro narram a história do artista tema do livro e mostram reproduções de alguns de seus principais trabalhos, alguns talvez já vistos pelos pequenos em livros da escola ou em exposições nos grandes museus.

Na sequência, vêm as brincadeiras. Lá estão jogos de adivinhação, desenhos para colorir e divertidos testes que ativam a memória dos leitores, retomando alguns dos assuntos abordados na história. 

Com textos da escritora portuguesa Isabel Zambujal, reconhecida autora de livros infantis em seu país, cada volume é ilustrado por um convidado diferente, expondo as crianças a estilos e soluções visuais distintas, que correspondem às estratégias de cada pintor. 

Toda a série é organizada por Maria Carolina Duprat Ruggeri, que ficou encarregada da seleção dos 30 artistas representados na coleção.

"A coleção é biográfica e, além de trazer a vida dos artistas, apresenta diversas obras que permitem que as crianças conheçam o estilo de cada pintor”, conta Ruggeri.

“A gente teve uma preocupação tanto com os clássicos quanto com os modernos, além de abranger uma diversidade de estilos.”

De fato, o contraste entre artistas como o renascentista Leonardo Da Vinci e o pintor abstrato Wassily Kandinsky, ambos na coleção, não poderia ser maior. Sem contar as inovações estéticas criadas pelas mulheres da série, entre elas a surrealista mexicana Frida Kahlo e a modernista brasileira Tarsila do Amaral.

“Tivemos a preocupação de incluir mulheres na coleção, que é uma importante pauta no campo da arte atualmente”, diz Ruggeri.

Ela também acredita que nunca é cedo demais para apresentar o mundo da arte às crianças, que se sentem estimuladas diante das invenções criativas desses artistas. “Meu maior cuidado era trazer isso para as crianças”, afirma Ruggeri. “Os artistas modernos se comunicam muito bem com elas, e elas pegam as vanguardas com bastante facilidade”, afirma.


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