Alvo de polêmicas na edição passada, quando reduziu a 18 suas 29 categorias originais, o Prêmio Jabuti anunciou na manhã desta quinta (11) seu novo curador. Pedro Almeida, editor com 26 anos no mercado, encabeçará o conselho do 61º ano da premiação.
O anúncio foi feito pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), que organiza o Jabuti. A entidade citou em nota a necessidade de renovar o prêmio para acompanhar as constantes transformações do mercado editorial como justificativa para a escolha de Almeida.
Professor de literatura e jornalista além de publisher, Almeida é sócio da Faro Editorial, fundada há cinco anos. Antes, passou por casas como Ediouro, LeYa e Lafonte. Ele integrava o conselho curador do Jabuti desde 2016.
Além dele, participam do conselho desta edição Mariana Diniz Mendes, editora do canal de YouTube "Bondelê" com experiência em educação; Camile Mendrot, especialista em literatura infantil e juvenil; Cassius Medauar, gerente da editora JBC, de mangás; e Marcos Marcionilo, sócio do Parábola Editorial, casa focada em letras e linguística.
De todos, Mendes é a única remanescente da composição do conselho de 2018.
Almeida substitui Luiz Antonio Torelli, então presidente da CBL que assumiu a curadoria do Jabuti poucos meses antes da premiação no ano passado.
A mudança ocorreu depois que o curador anunciado da 60ª edição, Luiz Armando Bagolin, pediu demissão do cargo, em junho. Ele havia se envolvido em um bate-boca nas redes sociais com o promotor cultural Volnei Canônica e o autor e ilustrador Roger Mello, que criticavam as mudanças de regulamento do Jabuti, em especial a fusão das categorias de literatura infantil e juvenil.
Definições do calendário de inscrições e premiação deverão ser realizadas nas próximas semanas.
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