Agatha Christie adora rechear seus romances com muitos personagens. Assim, aumenta o número de suspeitos que precisam ser considerados nas investigações dos assassinatos que sempre guiam suas historias.
“Treze à Mesa” é desafiador mesmo para os fãs mais ardorosos da escritora. Chegando às bancas no domingo (20), como volume número 22 da Coleção Folha - O Melhor de Agatha Christie, o romance supera qualquer outro na quantidade de personagens e desdobramentos na narrativa.
O livro é certamente o quebra-cabeça mais parrudo que a escritora já montou. Além do grande número de envolvidos, as ligações entre eles são incontáveis e as motivações que poderiam ter para justificar os crimes estão bem longe de simples questões de vingança ou cobiça.
Narrado pelo Capitão Hastings, velho amigo de Poirot e seu assistente nessa investigação, o romance é tão fluido e agradável quanto os maiores sucessos de Agatha Christie, mesmo com a profusão de elementos que merecem a atenção do detetive.
Como vários outros ótimos livros da autora, esse passa com louvor no teste da “releitura de revisão”, passatempo de muitos fãs de Agatha Christie. Após a revelação final, rever cada capítulo vai mostrar que ela costurou com maestria toda a trama, sem deixar nenhum furo no mundo de pistas coletadas por Poirot.
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