Em sua próxima edição, a Coleção Folha Grandes Biografias para Crianças contará a história do político e ativista Nelson Mandela, um homem que ensinou que ninguém nasce odiando o outro pela cor de sua pele, por sua origem ou sua religião.
Líder sul-africano e vencedor do Nobel da Paz, Mandela afirmava que, para odiar, as pessoas precisam aprender a fazer isso. E, se elas aprendem a odiar, podem também ser ensinadas a amar.
É com essa atitude pacificadora que a biografia chega às bancas, livrarias e ao site da Folha e pode ser adquirida pelos leitores do jornal.
O livro narra passagens pouco conhecidas da vida do biografado, como o fato de ele ter fugido da aldeia onde nasceu para evitar um casamento arranjado contra a sua vontade. Mas também versará sobre a constante luta de Mandela contra o apartheid, um sistema estatal que restringia direitos e serviços à população negra da África do Sul.
Inclusive, é nesta parte do combate à injustiça que a publicação se mostra necessária. A narrativa sobre o enfrentamento do racismo e os difíceis anos de prisão de Mandela também passam mensagens inspiradoras aos leitores.
A obra, de maneira acessível ao público infantil, conta como o biografado foi condenado à prisão perpétua em 1963 por desobedecer às leis injustas de seu país.
Nelson Mandela passou 17 anos preso numa cela minúscula na ilha de Robben, um local onde prisioneiros não podiam nem sequer ter nomes e eram chamados por uma sequência de números.
Sendo transferido para outras duas prisões na África do Sul, ele passou um total de 27 anos em cárcere por lutar contra o sistema que dividia brancos e negros no país. Entretanto, a edição analisa que quando foi libertado em 1990, ele, que poderia ter incitado a população negra da África do Sul contra o domínio dos brancos, surpreendentemente fez o contrário e buscou implementar a conciliação.
Já com mais de 70 anos, finalmente um homem livre, Mandela iniciou uma campanha internacional contra o apartheid e, enfim, começou a negociar o fim desse sistema racista com os mesmos governantes brancos que o mantiveram na prisão durante anos a fio.
Todo esse trabalho não foi em vão. O ativista recebeu o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, conseguiu um feito inédito na história de seu país —Nelson Mandela foi eleito e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul.
O ativista tinha consciência de que a melhoria da vida da população negra exigia mais do que apenas o fim do apartheid e que havia muitas barreiras a serem vencidas.
Dessa forma, o livro conta a história desse homem que dedicou sua vida a lutar contra as injustiças que os negros sofriam e a ajudar os mais desfavorecidos a mudar de vida. Logrou muitos êxitos por trabalhar com esforço, por fazer grandes sacrifícios e sempre com o objetivo de que as pessoas vivam juntas em harmonia e tenham as mesmas oportunidades na sociedade.
A publicação afirma que Mandela não teve uma vida fácil e que houve diversos embates contra o ódio e contra crenças preconceituosas em sua atuação política e a favor dos direitos humanos na África do Sul. Mas Mandiba —como era chamado por seus admiradores— ensinou que combater a desigualdade não é um assunto de caridade, mas sim de justiça.
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