Invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, também teve obras danificadas

Apoiadores de Trump que contestavam o resultado das eleições avariaram e saquearam arte em episódio de 2021

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São Paulo

Em janeiro de 2021, apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump invadiram o Capitólio, em Washington, alegando fraude na eleição presidencial que levou Joe Biden à Casa Branca. O episódio guarda semelhanças e diferenças com os ataques de domingo, em que manifestantes golpistas invadiram os edifícios da praça dos Três Poderes, em Brasília. Entre os pontos de encontro, está a vandalização de obras de arte.

Imagem da invasão do Capitólio - AFP

Um busto do século 19 do ex-presidente americano Zachary Taylor foi manchado de sangue. Uma foto do dalai-lama foi roubada e a moldura foi deixada para trás, jogada no chão. Um pergaminho da China de valor histórico foi arrancado da parede e rasgado. Uma mulher que assistiu à cena comentou que não queriam aquela "porcaria" chinesa.

A invasão, que deixou janelas, portas e móveis destruídos, poderia ter causado um dano ainda maior a obras de arte. Barabara Wolanin, curadora que já trabalhou com as obras que ocupam o Capitólio, disse ao jornal The New York Times que a grande preocupação dela era que tivessem danificado as telas de mais de cinco metros que retratam a fundação da república do país ou as várias estátuas que ocupam o hall de estatuaria.

O espaço tem ao todo 35 obras que representam figuras proeminentes dos Estados Unidos. Por sorte, as esculturas não sofreram danos.

Na época, foi estimado que os custos com a destruição de móveis, vidros e com o restauro de obras de arte passaria dos US$ 30 milhões —cerca de R$ 157 milhões. No Brasil, as autoridades ainda calculam o valor do dano causado pela invasão, que deixou telas rasgadas e estátuas danificadas.

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