Ministério da Cultura investe R$ 30 mi para modernizar anexo da Biblioteca Nacional

Obra se estenderá até 2026 e prevê a instalação de sistemas de climatização e combate a incêndios em prédio no Rio de Janeiro

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São Paulo

O Ministério da Cultura destinará R$ 30 milhões para modernizar o anexo da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. A obra deve se estender até 2026 e trará melhorias ao prédio, como instalação de sistemas de climatização, automação, segurança e combate a incêndios.

O objetivo é que o anexo, localizado no centro do Rio, abrigue parte da coleção de livros da biblioteca, que tem um acervo de 10 milhões de exemplares.

A Ministra da Cultura, Margareth Menezes, durante assinatura do novo decreto das leis de fomento - Eduardo Anizelli/Folhapress

"A biblioteca foi planejada para carregar 400 mil obras, só que ela tem hoje 10 milhões de itens. Instituições como essas em qualquer país tem três problemas, falta de espaço, falta de recurso e falta de pessoal. É um triângulo constante", disse o escritor Marco Lucchesi, presidente da FBN, a Fundação Biblioteca Nacional, em entrevista em março deste ano.

O anúncio sobre o investimento foi feito nesta terça-feira pela ministra Margareth Menezes durante cerimônia de posse de Lucchesi.

"A Biblioteca Nacional é um tesouro da nossa cultura. Um templo de sabedoria que guarda a nossa memória e contemplamos assim também as possibilidades de um futuro melhor para o nosso país porque aqui também se cria o presente", disse a ministra em seu discurso.

A gestão de Lucchesi marca a volta à presidência da FBN de intelectuais de grande reputação pública. Além de escritor de prosa e poesia, ele é ensaísta, editor e tradutor. Nas traduções, põe em prática o conhecimento de mais de 20 línguas —já verteu ao português obras de autores que vão do italiano Primo Levi ao poeta persa Rûmî.

Antes do intelectual, a presidência da Biblioteca Nacional ficou a cargo de Luiz Ramiro Júnior, que homenageou o então deputado federal Daniel Silveira com a Medalha da Ordem do Mérito do Livro. Silveira ficou conhecido por quebrar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, morta há cinco anos.

Antecessor de Luiz Ramiro, Rafael Nogueira era criticado por defender posições monarquistas e ser próximo à produtora de direita Brasil Paralelo.

Entre as duas presidências, houve a tentativa de pôr um capitão da Marinha para comandar a instituição, mas Carlos Fernando Rabello caiu antes mesmo de tomar posse.

"Nos últimos anos, vivemos infelizes momentos e um obscurantismo cultural, onde as políticas dessa fundação foram negligenciadas, onde o papel do livro e da memória foram distorcidos e diminuídos", disse a ministra Margareth Menezes.

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