Descrição de chapéu Filmes Barbie

Conheça as Barbies mais polêmicas já lançadas, com transtorno alimentar e FBI

Bonecas passavam mensagens de incentivo à magreza, necessidade de homens e uma delas tinha câmera

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São Paulo

O filme "Barbie", dirigido por Greta Gerwig, usa boas doses de ironia para tirar sarro de algumas bonecas já lançadas pela Mattel e que representaram, no mau sentido, um exemplo para as crianças.

'Barbie Babá', de 1963, vinha com um livro incentivando a não comer para perder peso
'Barbie Babá', de 1963, vinha com um livro incentivando a não comer para perder peso - Reprodução/Ebay

A "Barbie Video Girl", de 2010, é um exemplo. Com uma minicâmera frontal, era possível gravar e depois ver o resultado em uma pequena tela nas suas costas.

Mas o que o filme não cita é que o FBI chegou a emitir um alerta, visto que a boneca poderia ser usada para gravar pornografia infantil. O próprio nome foi uma polêmica, já que "video girl" é como são chamadas as mulheres seminuas em videoclipes de rap.

'Barbie Video Girl', edição polêmica da boneca de 2010
'Barbie Video Girl', edição polêmica da boneca de 2010 - Reprodução/Ebay

Essa Barbie, porém, está longe de ser a única polêmica na história do brinquedo. Há 60 anos, foi lançada a "Barbie Babá", que vinha com um livro que ensinava a perder peso. A fórmula escrita era "não coma!".

Dois anos mais tarde, a "Barbie Festa do Pijama" trazia alguns objetos, entre eles uma balança marcando 50 quilos.

"Barbie Babá", de 1963, vinha com livro falando sobre não comer para perder peso
'Barbie Babá', de 1963, vinha com livro falando sobre não comer para perder peso - Reprodução/Twitter

Décadas depois, em 1992, a "Barbie Papo de Adolescente" falava frases prontas estereotipadas, como "amo fazer compras!" e "a aula de matemática é difícil". Essa ultima, inclusive, foi retirada do brinquedo após reclamações.

Pouco depois, em 1997, a Mattel criou a primeira Barbie cadeirante que, inicialmente, parecia um avanço para a entrada de brinquedos inclusivos no mercado.

"Barbie Share a Smile Becky", a primeira Barbie cadeirante foi lançada em 1997
'Barbie Share a Smile Becky', a primeira Barbie cadeirante foi lançada em 1997 - Reprodução/Amazon

Mas as crianças perceberam logo que a boneca não passava pela porta da casa da Barbie.

Por fim, a "Barbie quero ser... Engenheira de Computação", de 2010, parecia incentivar o interesse de garotas por carreiras que envolvessem tecnologia.

Mais uma vez, o problema estava nos acessórios. No caso, um livro mostrava a boneca como uma estudante que estava desenvolvendo um jogo para ensinar computação a crianças, até que ela admite "só estou criando as ideias de design". "Vou precisar da ajuda de Steven e Brian para transformar num jogo de verdade!"

Além disso, no livro a Barbie também diz ter baixado um vírus sem querer e que precisará da ajuda de homens para resolver o problema.

A febre rosa no cinema é um bom sinal para os revendedores de produtos licenciados, especialmente as bonecas, disse o colecionador e especialista em cultura pop Joel Magee ao site americano TMZ. Segundo ele, os fãs não querem apenas ingressos para o cinema, mas também produtos colecionáveis —é provável que algumas edições raras da Barbie entrarão em leilão graças ao filme.

O site levantou que as Barbies que estavam custando US$ 100 hoje já valem US$ 150. Muitas pessoas estão procurando a boneca de estreia, datada de 1959 —brinquedo que vale entre US$ 15 mil e US$ 20 mil.

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